O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o coronel Mauro Cid, participou da reunião de planejamento para executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF).
A reunião ocorreu no dia 12 de novembro de 2022, na residência do general Walter Braga Netto, que foi ministro da Resguardo e Patrão da Lar Social no governo de Jair Bolsonaro (PL). Tanto Mauro Cid quanto Braga Netto são investigados por tentativa de golpe de Estado.
Além de Mauro Cid, o major Rafael Martins de Oliveira e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima estavam presentes na reunião do dia 12. Eles foram alvos da Operação Contragolpe com mandados de prisão preventiva, deflagrada pela Polícia Federalista (PF) nesta terça-feira (19). Cid está recluso desde março deste ano.
“Conforme já relatado pela investigação, no dia 12 de novembro de 2022, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, o major Rafael De Oliveira e o tenente-coronel Ferreira Lima se reuniram na residência do general Walter Souza Braga Netto”, diz um trecho da decisão de Moraes que autorizou a operação desta terça, à qual o Brasil de Indumento teve chegada.
De entendimento com a PF, os indícios de que houve monitoramento das autoridades no contextura do projecto de realização foram identificados a partir das análises dos dados armazenados no aparelho celular de Mauro Cid.
“O objetivo do grupo criminoso era não exclusivamente ‘neutralizar’ [matar] o ministro Alexandre de Moraes, mas também extinguir a placa presidencial vencedora, mediante o assassínio do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, conforme disposto no planejamento operacional denominado Punhal virente amarelo”, diz um trecho da decisão de Moraes.
O planejamento foi elaborado pelo general da suplente Mario Fernandes, que também é claro de prisão preventiva. Ele foi um dos homens de crédito de Bolsonaro no Palácio do Planalto e foi alçado ao função de secretário-executivo da Secretaria-Universal menos de dois meses depois de ter pretérito à suplente do Tropa. Seu último posto na Força foi uma vez que comandante de Operações Especiais. Em outubro de 2022, o ex-presidente escolheu o general para praticar o função de Poder de Monitoramento da Lei de Aproximação à Informação, função ligada à Secretaria-Universal da Presidência da República.
De entendimento com a PF, o projecto dos investigados “detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de ulterior instituição de um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”.
Os fatos investigados configuram os crimes de derrogação violenta do Estado Democrático de Recta, Golpe de Estado e organização criminosa.
Edição: Nathallia Fonseca