O general da suplente Mario Fernandes foi um gavinha entre manifestantes bolsonaristas que atuavam por um golpe de Estado e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme indigitado pela Polícia Federalista (PF).
Fernandes foi recluso preventivamente nesta terça-feira (19) no contexto da Operação Contratempo, da PF, que investiga um projecto de realização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF). Ele foi um dos militares que liderou o planejamento, segundo a PF.
Na decisão de Moraes, que autorizou a operação de hoje, trechos dos relatórios da PF indicam que o general era o “ponto focal” do governo Bolsonaro com os manifestantes golpistas que estavam instalados em frente ao Quartel-General do Tropa (QG-Ex), em Brasília, cuja participação no 8 de janeiro foi expressiva.
Em mensagens trocadas com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Fernandes aponta que conversou pessoalmente com o portanto presidente, em 8 de dezembro, e afirma que estava orientando “tanto o pessoal do agro quanto caminhoneiros que estão no QG”.
A PF relata que o general “possuía influência sobre pessoas radicais acampadas no QG-Ex, inclusive com indicativos de que passava orientações de porquê proceder e, ainda fornecia suporte material e/ou financeiro para os turbadores antidemocráticos”.
O general da suplente Mario Fernandes foi um dos homens de crédito de Bolsonaro no Palácio do Planalto e foi alçado ao missão de secretário-executivo da Secretaria-Universal menos de dois meses depois de ter pretérito à suplente do Tropa. Seu último posto na Força foi porquê comandante de Operações Especiais.
Em outubro de 2022, o ex-presidente escolheu o general para treinar o missão de Poder de Monitoramento da Lei de Aproximação à Informação, função ligada à Secretaria-Universal da Presidência da República.
De convénio com a PF, o projecto dos investigados “detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de ulterior instituição de um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”.
Os fatos investigados configuram os crimes de extermínio violenta do Estado Democrático de Recta, Golpe de Estado e organização criminosa.
Edição: Nicolau Soares