O dólar opera a sessão desta terça-feira (19) em subida, com investidores ainda atentos às últimas reuniões do G20 no Rio de Janeiro e à espera do pregão do pacote de namoro de gastos do governo federalista.
O G20 reúne as principais economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. Sob comando do Brasil pela primeira vez, o encontro de líderes teve foco no combate à penúria, ma mudança climática e na reforma das instituições de governança global, porquê a Organização das Nações Unidas (ONU).
Esses temas são prioritários na agenda internacional do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Outrossim, investidores continuam na expectativa pelo pregão do pacote de medidas para trinchar os gastos públicos, prometidos pelo governo. Com as reuniões do G20 nos holofotes, a estimativa é que o pregão fique unicamente para depois do encontro de líderes.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, inverteu o sinal negativo visto no início da manhã e passou a operar em subida.
Dólar
Perto das 13h30, o dólar operava em subida de 0,42%, cotado a R$ 5,7710. Na máxima do dia chegou a R$ 5,7970.
O que está mexendo com os mercados?
Em uma semana mais curta por conta do feriado da Consciência Negra no Brasil na quarta-feira (20) e sem grandes divulgações de indicadores previstas para os próximos dias, investidores continuam a monitorar as reuniões do G20 nesta terça-feira.
O encontro de líderes das maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, teve porquê foco o combate à penúria, a mudança climática e a reforma das instituições de governança global, porquê a Organização das Nações Unidas (ONU).
Com o presidente Lula e o ministro da Herdade, Fernando Haddad, voltados para os encontros do G20, a previsão do mercado é que o pregão das medidas de cortes de gastos fique unicamente para depois das reuniões.
Segundo analistas, apesar da morosidade ainda motivar preocupação no mercado, a estimativa de que o governo anuncie um namoro em torno de R$ 70 bilhões tem sido bem-vista pelos investidores.
“O que Haddad tem dito é que o pacote está pronto. Os números giram em torno de R$ 70 bilhões de economia na soma de 2025 e 2026, mas ainda há poucos detalhes”, disse Caio Megale, economista-chefe da XP.
A previsão, segundo Megale, é que os cortes fiquem entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões para 2025 e atinjam os R$ 40 bilhões em 2026.
A espera pelo pacote de cortes já dura mais de duas semanas. Inicialmente, investidores acreditavam que as medidas seriam anunciadas logo depois o termo do segundo vez das eleições municipais. No entanto, as negociações para resolver quais ministérios seriam atingidos pelos cortes se estenderam.
No domingo (18), em entrevista à CNBC, Haddad afirmou que o pacote com medidas de contenção de gastos está “está fechado” e será divulgado em breve.
“Nós vamos anunciar brevemente, porque está faltando a resposta de um ministério […], o Ministério da Resguardo”, afirmou. “Tivemos boas reuniões com o ministro [José Múcio] e os comandantes das Forças”.
O ministro também informou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, sinalizou que fará todo o esforço necessário para validar as medidas ainda neste ano no Congresso.
Na segunda-feira, o presidente do Banco Medial do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que as taxas de juros mais longas estão em subida por uma percepção dos mercados financeiros de que o governo não conseguirá executar com as metas estabelecidas pelo tórax fiscal — regra que limita as despesas públicas.
No exterior, as atenções ficam voltadas para o agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia. Para além dos efeitos sociais e geopolíticos, a piora do conflito também aumenta a aversão ao risco pelo mundo e pressiona os preços do petróleo no mercado internacional.
Em falas recentes, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o país pode considerar o uso de armas nucleares se for fim de um ataque com mísseis convencionais bem por uma potência nuclear.
A certeza veio depois os Estados Unidos terem permitido que a Ucrânia disparasse mísseis de longo alcance fabricados nos EUA em direção à Rússia.
Outrossim, o mercado também segue avaliando os eventuais impactos que a gestão de Donald Trump, presidente eleito nos Estados Unidos, pode ter na inflação e nos juros da maior economia do mundo.
Na sexta-feira, dados econômicos e de inflação fortes nos EUA continuaram a remodelar o debate sobre o ritmo e a extensão dos cortes de juros, com investidores reduzindo ainda mais suas expectativas de queda das taxas na reunião de dezembro.
A maior secção do mercado, no entanto, ainda espera um namoro, com 61,9% dos economistas projetando um namoro de 0,25 ponto percentual no encontro da instituição, em 18 de dezembro. Os dados são da instrumento FedWatch, do CME Group.
Na zona do euro, o foco ficou com as falas recentes do membro do recomendação do Banco Medial Europeu (BCE) Fabio Panetta. Ele afirmou que a instituição deveria coltar a adotar uma abordagem mais prospectiva na definição da política monetária e fornecer mais orientações sobre medidas futuras, agora que os choques pós-pandemia estão diminuindo e a inflação se normalizando.
*Com informações da agências de notícias Reuters.