A repudiação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem apanhado índices amargos em todas as regiões do país, incluindo o Nordeste, tradicional reduto petista e única região onde o presidente ainda mantém liderança de aprovação, mas com uma margem cada vez mais apertada.
Dados de diversos institutos de pesquisa apontam um cenário preocupante para o terceiro procuração de Lula, que enfrenta os piores índices de aprovação de sua trajetória política desde que assumiu a Presidência pela primeira vez, em 2003.
Se antes Lula era praticamente venerado no Nordeste, garantindo votações amplas que consolidaram sua vitória nas eleições de 2022, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o quadro agora é dissemelhante. Menos de dois anos depois sua posse, a popularidade do governo despenca rapidamente. No Sul, Sudeste, Meio-Oeste e Setentrião, as taxas de repudiação ao presidente são altas e já formam maioria, cravando um desgaste generalizado.
No Nordeste, a situação também começa a se gastar, com números que indicam um extenuação sem precedentes de seu histórico domínio eleitoral na região.
Segundo a Paraná Pesquisas, a repudiação a Lula no Nordeste já chega a 39,2%, aproximando-se dos 40%. O levantamento do PoderData apresenta números ainda piores, com a repudiação atingindo 41% na região. A Futura Lucidez, que tem apanhado uma precisão em suas análises, aponta um empate técnico entre aprovação (36,8%) e repudiação (36,4%) no Nordeste. Os índices sinalizam que a crédito no presidente está em seu ponto mais grave, até mesmo em seu principal bastião de esteio.
A queda de Lula III é abrupta e histórica nos índices de aprovação, que não encontra sustentação nem em seus dois primeiros mandatos. Com os números atuais, a repudiação à gestão torna-se um grande travanca tanto para a governabilidade e reeleição, quanto para a construção de uma eventual sucessão política em 2026.