O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou, nesta segunda-feira (16), que a tarifa de ônibus na capital paulista deve ser reajustada em 2025. Ele justificou a medida citando o aumento dos custos operacionais e a premência de manter o funcionamento do sistema de transporte público.
A enunciação acontece no contexto de aprovação, pela Câmara Municipal, de R$ 125 bilhões para o Orçamento do próximo ano, o maior já registrado na história do município.
O momento também é de crescentes disputas contratuais com empresas concessionárias, que estão sob investigação por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Para evitar o aumento, seria necessário ampliar os subsídios públicos às empresas de transporte, segundo a prefeitura.
Quebra de promessa eleitoral
Em exposição adotado em julho, durante a campanha que resultou em sua reeleição, o atual prefeito afirmou que não pretendia aumentar a tarifa.
“Quem é o único prefeito que manteve a tarifa [de ônibus] por 4 anos? Sou eu. A tarifa zero no domingo também fui eu quem implementou. Com isso, a gente aumentou em 20% a presença nos parques”, declarou à Rádio Bandeirantes na estação. “Sou sempre em prol de manter a tarifa, o valor da tarifa é política pública de mobilidade e, por isso, mantenho a tarifa congelada. Eu não pretendo aumentar, não existe essa pretensão.”
Em seguida sua reeleição, no dia 28 de outubro, Nunes passou a aventar a possibilidade de reajuste, com a justificativa de prometer o estabilidade das contas públicas.
“Minha teoria é manter [a tarifa em R$ 4,40], mas eu não poderia ser irresponsável sem antes olhar todos os dados, dissídios de funcionários, valor do diesel, todo o dispêndio, para saber se a gente pode manter. Porque eu não posso tirar da saúde, da instrução, da habitação. Preciso governar mantendo todas as pastas equilibradas”, declarou. “Em dezembro, havendo a possibilidade, minha vontade é manter. Se por contingência não tiver possibilidade, vou explicar para a sociedade.”
Edição: Martina Medina