O Projeto de Lei 2.858/2022, sabido uma vez que PL da Anistia, que propõe a anistia para os presos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, não foi pautado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), antes do término de seu procuração. Apesar de prometer priorizar a votação do projeto, Lira concentrou esforços em pautas econômicas na última semana de seu procuração, uma vez que a regulamentação da reforma tributária e medidas de incisão de gastos do governo federalista.
Em outubro, Lira retirou o PL da Percentagem de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e criou uma percentagem peculiar para debater o tema, o que atrasou sua tramitação. A decisão de não pautar o projeto antes do recesso legislativo reflete a falta de consenso entre os parlamentares sobre a licença de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A resistência ao projeto aumentou depois o atentado a petardo próximo ao Supremo Tribunal Federalista (STF) em novembro, que resultou na morte do responsável e reforçou o envolvente desfavorável à anistia no Congresso.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o atentado intensificou o sentimento contrário à licença de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Com o recesso legislativo em vigor e a eleição de um novo presidente da Câmara prevista para fevereiro de 2025, o horizonte do PL da Anistia permanece incerto. O novo presidente, possivelmente Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não se posicionou sobre a taxa do projeto, deixando em ingénuo a possibilidade de sua perenidade ou arquivamento.