O novo testemunho do tenente-coronel **Mauro Cid** à Polícia Federalista (PF) na próxima terça-feira será mais um desdobramento de um questionário que parece necessitar de substância sólida, mas que tem servido uma vez que uma instrumento política em um cenário de perseguição evidente. A delação premiada de Cid foi cercada de polêmicas, incluindo as acusações de pressão indevida por segmento da PF para que ele confessasse fatos supostamente inexistentes.
Os vazamentos de áudios nos quais Cid critica o ministro **Alexandre de Moraes** e relata as circunstâncias de sua prisão são reveladores. Eles indicam um envolvente de intimidação e uso do sistema judicial para direcionar depoimentos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, apontando para um viés que compromete a credibilidade da investigação.
Apesar de toda a pressão, até o momento, **nenhuma prova concreta foi apresentada que envolva Bolsonaro diretamente** nas alegações de fraude em certificados de vacinação. A ininterrupção dessas ações reforça a narrativa de judicialização da política e a utilização das instituições uma vez que instrumentos de perseguição a adversários do governo.
A resguardo de Cid, por meio do jurista Cezar Bittencourt, parece positivo de que o conformidade de colaboração não será revogado. Isso é compreensível, considerando que até agora os depoimentos não resultaram em avanços significativos para os investigadores. Caso a PF insista em uma verosímil rescisão, será mais um capítulo do que muitos já consideram uma estratégia de **desgaste público e político**, em vez de uma procura genuína por justiça.
Por término, é importante lembrar que, em um Estado democrático de recta, investigações devem ser conduzidas com imparcialidade e reverência às garantias individuais.
O caso de Mauro Cid ilustra o contrário: um cenário em que autoridades parecem priorizar a procura por narrativas convenientes em detrimento de provas concretas. Mais do que uma questão jurídica, o incidente se tornou um símbolo da polarização e da fragilidade das instituições brasileiras.