O presidente Lula (PT) lançou oficialmente, nesta segunda-feira 18, o lançamento da Associação Global contra a Míngua e a Pobreza. O pregão foi feito durante a recepção aos líderes mundiais que participam da cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
A proposta foi idealizada pelo Brasil com o objetivo de açodar os esforços globais para erradicar a penúria e a pobreza, prioridades centrais nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Lula esclareceu que a teoria é que os países possam se ler em torno de recomendações internacionais, políticas públicas eficazes e fontes de financiamento para erradicar as injustiças sociais da penúria e pobreza.
A iniciativa já reúne 81 países, incluindo 18 membros do G20. A única exceção até o momento é a Argentina, que, segundo o governo brasílio, ainda negocia sua ingressão na federação. Além dos países, também aderiram a União Europeia e a União Africana, ambas integrantes do conjunto, além de 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 entidades filantrópicas e não governamentais.
“Nascente será o nosso maior legado”, destacou Lula, que constatou um cenário de piora das desigualdades desde a reunião de líderes do G20 realizada em 2008, em Washington, nos Estados Unidos. “Não se trata unicamente de fazer justiça. Essa é uma quesito imprescindível para erigir sociedades mais prósperas e um mundo de sossego.”
“Vivemos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra, recorde de deslocamentos forçados, fenômenos climáticos extremos, desigualdades crescentes e uma pandemia que tirou mais de 15 milhões de vidas. O símbolo dessa tragédia é a penúria e a pobreza”, disse Lula, citando um oferecido da FAO: em 2024, 733 milhões de pessoas seguem subnutridas.
“Em um mundo que produz quase 6 bilhões de toneladas de víveres por ano, isso é inadmissível. Em um mundo cujos gastos militares chegam a 2,4 trilhões de dólares, isso é inadmissível. A penúria e a pobreza não são resultado da escassez ou de fenômenos naturais”, completou.
O presidente frisou ainda que a federação nasce no G20 mas que seu rumo é global. “Compete aos que estão cá em volta desta mesa a inadiável tarefa de completar com essa ferimento que envergonha a humanidade”, finalizou.
Leia o oração na íntegra:
“Minhas amigas e meus amigos,
Primeiro, eu quero agradecer a liberalidade da presença de vocês, transformando o Rio de Janeiro na capital do mundo, neste dia 18 de novembro, dia 19 de novembro.
É muito importante o que vamos discutir cá e eu tenho certeza que, se nós assumirmos a responsabilidade com esses assuntos, da penúria e da pobreza, nós poderemos ter sucesso em pouco tempo.
Por isso, eu queria proferir a todos vocês: sejam bem-vindos ao Rio de Janeiro. Aproveitem esta cidade que é conhecida porquê a Cidade Maravilhosa.
Esta cidade é a síntese dos contrastes que caracterizam o Brasil, a América Latina e o mundo.
De um lado, a formosura superabundante da natureza sob os braços abertos do Cristo Redentor.
Um povo diverso, vibrante, criativo e hospitaleiro.
De outro, injustiças sociais profundas.
O retrato vivo de desigualdades históricas persistentes.
Estive na primeira reunião de líderes do G20, convocada em Washington no contexto da crise financeira de 2008.
Dezesseis anos depois, constato com tristeza que o mundo está pior.
Temos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados já registrada.
Os fenômenos climáticos extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta.
As desigualdades sociais, raciais e de gênero se aprofundam, na esteira de uma pandemia que ceifou mais de 15 milhões de vidas.
O símbolo supremo na nossa tragédia coletiva é a penúria e a pobreza.
Segundo a FAO, em 2024, convivemos com um provisório de 733 milhões de pessoas ainda subnutridas.
É porquê se as populações do Brasil, México, Alemanha, Reino Unificado, África do Sul e Canadá, somadas, estivessem passando penúria.
São mulheres, homens e crianças, dos quais recta à vida e à ensino, ao desenvolvimento e à sustento são diariamente violados.
Em um mundo que produz quase 6 bilhões de toneladas de víveres por ano, isso é inadmissível.
Em um mundo cujos gastos militares chegam a 2,4 trilhões de dólares, isso é inadmissível.
A penúria e a pobreza não são resultado da escassez ou de fenômenos naturais.
A penúria, porquê dizia o pesquisador e geógrafo brasílio Josué de Castro, “a penúria é a frase biológica dos males sociais”.
É resultado de decisões políticas, que perpetuam a exclusão de grande secção da humanidade.
O G20 representa 85% dos 110 trilhões de dólares do PIB mundial.
Também responde por 75% dos 32 trilhões de dólares do transacção de bens e serviços e dois terços dos 8 bilhões de habitantes do planeta.
Compete aos que estão cá em volta desta mesa a inadiável tarefa de completar com essa ferimento que envergonha a humanidade.
Por isso, colocamos porquê objetivo médio da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma Associação Global contra a Míngua e a Pobreza.
Nascente será o nosso maior legado.
Não se trata unicamente de fazer justiça.
Essa é uma quesito imprescindível para erigir sociedades mais prósperas e um mundo de sossego.
Não por possibilidade, esses são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 e 2 da Agenda 2030.
Com a Associação, vamos ler recomendações internacionais, políticas públicas eficazes e fontes de financiamento.
O Brasil sabe que é verosímil.
Com a participação ativa da sociedade social, concebemos e implementamos programas de inclusão social, de fomento da lavoura familiar e da segurança nutrir e nutricional, porquê o nosso Bolsa Família e o Programa Pátrio de Alimento Escolar.
Conseguimos trespassar do Planta da Míngua da FAO em 2014, para o qual voltamos em 2022, em um contexto de desarticulação do Estado de bem-estar social.
Foi com tristeza que, ao voltar ao governo, encontrei um país com 33 milhões de pessoas famintas.
Em um ano e onze meses, o retorno desses programas já retirou mais de 24, 5 milhões de pessoas da extrema pobreza.
Até 2026, novamente sairemos do Planta da Míngua.
E com a Associação, faremos muito mais.
Aqueles que sempre foram invisíveis estarão ao meio da agenda internacional.
Já contamos com a adesão de 81 países, 26 organizações internacionais, 9 instituições financeiras e 31 fundações filantrópicas e organizações não-governamentais.
Meus agradecimentos a todos os envolvidos na concepção e no funcionamento desta iniciativa, que já anunciaram contribuições financeiras.
Foi um ano de trabalho intenso, mas levante é unicamente o início.
A Associação nasce no G20, mas seu rumo é global.
Que esta cúpula seja marcada pela coragem de agir.
Por isso quero declarar oficialmente lançada a Associação Global contra a Míngua e a Pobreza.
Muito obrigado.
Muito, meus amigos, daremos agora o início à discussão entre os membros do G20, começando pelos países da troika. Por isso, eu quero passar a vocábulo para o primeiro-ministro Narendra Modi, da Índia, última presidência do G20.”