A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou nesta quarta-feira (18) que seu governo só aprovará o concórdia de livre transacção entre o Mercosul e a União Europeia (UE) se houver garantias de “compensações” para os agricultores do conjunto europeu.
O tratado, que vem sendo negociado há 25 anos, alcançou um desfecho inicial no início deste mês, durante um encontro do Mercosul que contou com a presença de Ursula von der Leyen, presidente da Percentagem Europeia. No entanto, o texto ainda precisa passar por etapas de revisão lítico e tradução antes de ser assinado e submetido à ratificação pelos dois blocos.
“Sobre o Mercosul, pedimos para saber o que a Percentagem Europeia pretende fazer para indemnizar os desequilíbrios”, afirmou Meloni durante uma audiência no Senado italiano, na véspera da reunião do Parecer Europeu, agendada para esta quinta-feira (19).
Dentro da União Europeia, o concórdia deve obter o aval tanto do Parlamento Europeu quanto do Parecer da União Europeia, que reúne ministros dos 27 países-membros. Nesse contexto, o tratado pode ser bloqueado se houver oposição de pelo menos quatro países que representem no mínimo 35% da população do conjunto.
Meloni destacou que a posição da Itália dependerá das respostas da Percentagem Europeia às preocupações levantadas. “Nossa decisão final está submetida a essa resposta”, afirmou. Ela enfatizou que, sem compensações para os agricultores europeus, o país não aprovará o concórdia.
Para Meloni, embora o tratado possa beneficiar setores específicos da indústria italiana, ele traz riscos para a lavra do país. “Se impusermos regras extremamente restritivas e depois importarmos livremente de países que não têm as mesmas normas, vamos produzir um desequilíbrio que depois vamos remunerar”, alertou a primeira-ministra.
A resistência italiana não é isolada. O presidente gálico Emmanuel Macron e agricultores da França têm se realçado porquê principais opositores do concórdia. Eles argumentam que a redução de tarifas comerciais entre os blocos resultará em uma ingresso massiva de músculos do Mercosul no mercado europeu, gerando concorrência desleal com os produtores locais.