O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) saiu nesta quinta-feira (17) do grupo de WhatsApp de parlamentares da oposição no Congresso, dias depois de participar de um evento no Palácio do Planalto para evangélicos e rezar pelo presidente Lula.
A saída aconteceu porque outros deputados se sentiram “insultados” com o posicionamento de Otoni em obséquio de Lula.
Segundo integrantes do grupo, Otoni encaminhou aos colegas uma entrevista que deu ao jornal “O Orbe” em que diz que a igreja não pertence nem ao bolsonarismo, nem ao petismo. O deputado teria pedido aos colegas para lessem o teor e compreendessem seu posicionamento.
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Um parlamentar rebateu dizendo que Lula “não sabe o que é Jesus”. Outro afirmou que aquilo era um “insulto ao grupo”.
“Até para falarem mal de mim também, por isso sai do grupo e sigo meu caminho”, disse.
Um deputado que faz secção do grupo de oposição diz que Otoni “já dava sinais há muito tempo” de se aproximava do governo.
“O grupo da oposição é para quem é de oposição. Ele fez a opção de ser governo, é recta dele, mas não dá para permanecer no grupo”, disse sob suplente.
Otoni e outros parlamentares disseram que, há algumas semanas, o emedebista já tinha saído de outro grupo no WhatsApp da Oposição – levante, focado na Câmara dos Deputados. Isso ocorreu por desgastes relacionados ao escora que Otoni deu ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), na campanha pela reeleição.
Na terça-feira, Otoni participou da cerimônia de sanção da lei que estabelece 9 de junho com o “Dia da Música Gospel”. O evento foi mais uma tentativa do governo de se aproximar dos evangélicos.
Na ocasião, o deputado chamou Lula de “meu presidente”, elogiou a convívio com o presidente e disse que as igrejas não são de “direita ou de esquerda”.
Manadeira/Créditos: G1
Créditos (Imagem de capote): Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
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