De última hora, a Argentina confirmou na tarde desta segunda-feira (18), já durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, que vai aderir à Federação contra a Míngua e a Pobreza.
O pacto, uma das principais bandeiras da presidência brasileira do G20, foi lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste primeiro dia do encontro de líderes.
A informação foi publicada inicialmente no blog de Míriam Leitão no jornal O Orbe. Com essa adesão, a Argentina se torna um dos 148 membros da associação – entre eles, 82 países.
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Inicialmente, o país sul-americano não estava na lista de membros, só foi incluído em uma segunda versão.
Em entrevista coletiva, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Míngua (MDS), Wellington Dias, que é o representante do Brasil na Federação, afirmou que a morosidade de a Argentina aderir se deu por um processo de “negociação”.
“A Argentina participou desde o primeiro momento cá no Brasil, participou da construção, esteve em outros fóruns. O presidente Milei, quando foi colocada a primeira relação, ainda estava em processo de diálogo e entendimento”, explicou.
“Ele próprio reconheceu que a Argentina tinha um nível de pobreza entre os mais baixos e agora ultrapassou mais de 50% os níveis de pobreza. A não saída na primeira relação é porque tinha um processo de negociação. Logo depois com a ingressão da Argentina, a organização fez uma enunciação para informar essas entradas”, continuou Dias.
A posição de Milei sobre outros temas também preocupa autoridades em relação a um consenso na enunciação final do G20.
Ao assumir a presidência rotativa do G20, em dezembro do ano pretérito, o Brasil definiu três eixos centrais de discussão:
- Inclusão social e combate à míngua e à pobreza;
- Transição energética e desenvolvimento sustentável;
- Reforma da governança global.
Com base nos itens prioritários estabelecidos pela presidência brasileira do G20, o governo decidiu ler a geração da associação contra a míngua.
De concórdia com o G20, o cenário global atual mostra “tendências preocupantes”, pois a pobreza extrema tem minguado “muito lentamente”, e as projeções atuais apontam que 622 milhões de pessoas viverão aquém da traço da pobreza extrema (US$ 2,15 por dia), o duplo do nível da meta.
“Se as tendências atuais se mantiverem, 582 milhões de pessoas viverão com míngua em 2030”, afirma.
Aliás, relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em julho deste ano mostra que, em todo o planeta, 733,4 milhões passaram míngua em 2023 por pelo menos um dia. O número corresponde a 1 em cada 11 habitantes no mundo.
Conforme esse estudo, em 2023, o planeta retrocedeu 15 anos no combate à míngua e à fome – isto é, voltou ao patamar de 2008.
O estudo divulgado em outubro deste ano pela ONU mostrou também que 1,1 bilhão de pessoas vivem em situação de pobreza no mundo. Isto quer expor, conforme a organização, que murado de 30% de todas as crianças do mundo vivem na pobreza e 13,5% de todos os adultos.
Manadeira/Créditos: G1
Créditos (Imagem de envoltório): Foto: Reprodução/G20