Organizações camponesas das regiões de Palo Quemado e Las Pampas, na província de Cotopaxi, intensificaram os protestos nesta quarta-feira (18) contra o projeto de mineração La Plata, que pretende extrair ouro, prata, cobre e zinco nos terrenos do lugar.
Em 11 de março de 2014, o Ministério do Meio Envolvente equatoriano começou um processo de consulta de impactos ambientais, mas a falta de convocatória aos moradores e a presença manente de forças policias deixaram diversos feridos e um manifestante em estado de coma.
As comunidades locais são contra o projeto de mineração há mais de 15 anos, mormente devido ao uso de explosivos e químicos tóxicos, uma vez que o cianeto de sódio, que ameaçam a fauna, o meio envolvente e as fontes de chuva que abastecem a região.
A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) manifestou esteio aos manifestantes. A Percentagem Ecumênica de Direitos Humanos (Cedhu) está fornecendo suporte jurídico para Palo Quemado, Las Pampas e Las Naves, onde a empresa canadense Curimining tenta explorar cobre e ouro na mina El Domo.
⭕ #SantoDomingo | Las comunidades y recintos interculturales de las parroquias Las Pampas y #PaloQuemado de Sigchos, filiales al @Micc_Ec, alzan su voz de protesta en la provincia de Santo Domingo, diante de la adjudicación del líquido vital a las empresas mineras. Exigen que se… pic.twitter.com/lT76ijLZhC
— CONAIE (@CONAIE_Ecuador) December 17, 2024
Ativistas e especialistas em direitos humanos também expressaram preocupação com o padrão de consulta pública, e alertaram que ele poderia se tornar uma política de Estado sob o governo de Daniel Noboa, que demonstrou grande interesse no investimento em mineração.
Enquanto isso, o prefeito de Sigchos – onde estão localizadas as regiões de Palo Quemado e Los Pampas – Óscar Monge, entrou com uma ação cautelar para retirar a polícia.
O juiz de Sigchos foi quem ordenou o cumprimento da medida e também convocou uma audiência, adiada em várias ocasiões.
*Com Telesur
Edição: Leandro Melito