O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou os projetos defendidos por Marielle Franco uma vez que referência para o desenvolvimento de cidades durante o encontro global sobre o tema que acontece no Rio de Janeiro (RJ) com segmento das ações do G20.
“A luta de Marielle por uma cidade mais inclusiva, uma instrução pública transformadora e pelo entrada de todos a um serviço público de qualidade é imperativa para gerar cidades sustentáveis e que atendam às necessidades de todos”, disse o presidente se referindo à vereadora do Psol assassinada em 2018 junto ao motorista dela Anderson Gomes.
A fala de Lula foi dada ao lado do presidente chileno Gabriel Boric e de prefeitos de cidades que integram países membros do G20.
“Estamos a exclusivamente dez quilômetros da favela da Maré, rudimento da vereadora Marielle Franco, barbaramente assassinada por sua luta pelo recta à cidade e pelos direitos humanos – a quem rendo a minha homenagem”, afirmou Lula.
O presidente brasiliano lembrou que 80% da população mundial vive nas cidades e citou a Favela da Providência, no Rio de Janeiro, para exemplificar os desafios que devem ser encarados no meio urbano.
“Um quarto dos habitantes do planeta vive em assentamentos precários. No Brasil, as mulheres negras são maioria nesses territórios. Seus filhos são as maiores vítimas da desigualdade e da violência urbana, que todos os anos serpente um número de vidas semelhante aos das guerras mais violentas”.
Massacre em Gaza
Durante sua fala, o presidente brasiliano fez questão, mais uma vez, de denunciar o massacre em curso no território palestino, por segmento das ações de Israel.
“Falar em reforma da governança também implica em repudiar a devastação das guerras. A Filete de Gaza, um dos mais antigos assentamentos urbanos da humanidade, teve dois terços de seu território destruídos por bombardeios indiscriminados. 80% de suas instalações de saúde já não existem mais. Sob seus escombros, jazem mais de 40 milénio vidas ceifadas”.
O presidente Lula usou esse caso para proteger a teoria de que “não haverá sossego nas cidades se não houver sossego no mundo”.
O oração de início do evento coube ao prefeito reeleito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD), coligado de Lula, que reforçou o argumento do presidente sobre o efeito negativo das guerras para o desenvolvimento das cidades.
Paes também defendeu uma organização do Sul global. “Eu queria falar em nome das cidades do Sul global, devo manifestar que uma agenda de redução das desigualdades não deve se trasladar exclusivamente uma vez que paridade entre cidadãos, mas entre cidades também”.
“A diferença entre nós e o Setentrião global deve ser reparada”, reforçou o prefeito.
Edição: Nathallia Fonseca