O dólar mercantil atingiu um novo recorde nominal desde a geração do Projecto Real, fechando a R$ 6,15 nesta segunda-feira, 16 de dezembro de 2024.
Apesar das intervenções do Banco Meão (BC), que realizou leilões de dólares no mercado à vista para sofrear a subida, a moeda norte-americana avançou 0,99% no dia.
A desvalorização do real reflete preocupações dos investidores com a situação fiscal do país e a possibilidade de que o governo não consiga validar medidas de contenção de gastos no Congresso antes do recesso de termo de ano. Aliás, a proposta de reforma do Imposto de Renda, que inclui isenções para rendas até R$ 5 milénio, gerou receios sobre o comprometimento do governo com o ajuste fiscal, contribuindo para a pressão sobre o câmbio.
O Banco Meão tem repetido que só intervirá no mercado cambial em casos de disfuncionalidade, mantendo o regime de câmbio flutuante porquê fundamental para a economia brasileira.
Analistas preveem que a taxa Selic possa ser elevada nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) para sofrear a inflação e estabilizar o câmbio, com estimativas de que a Selic termine 2024 em 12,25% e atinja um pico de 14,25% posteriormente maio de 2025.