O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden – que está em visitante ao Brasil para o encontro do G20, no Rio – autorizou a Ucrânia a usar mísseis norte-americanos de longo alcance contra a Rússia.
A informação foi divulgada neste domingo 17 pelo jornal The New York Times. Washington vinha resistindo há meses aos pedidos do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para usar os mísseis, mas, segundo a publicação, a mudança de postura aconteceu depois que Kiev denunciou que tropas norte-coreanas estariam posicionadas para lutar ao lado dos russos na guerra no leste europeu.
O jornal aponta que a decisão dividiu os conselheiros mais próximos a Biden. Vale evidenciar que, se a autorização for confirmada, ela poderia se materializar poucos meses antes de Donald Trump – que já prometeu diminuir o suporte dos EUA à Ucrânia – voltar à Morada Branca.
O primeiro uso dos mísseis de longo alcance seria em Kursk, a região no oeste da Rússia em que a Ucrânia vem fazendo uma invasão nos últimos meses.
No momento, os ucranianos podem utilizar o Sistema de Foguetes de Artilharia de Subida Mobilidade (divulgado porquê HIMARS, na {sigla} em inglês), cujos mísseis podem inferir murado de 80 quilômetros.
Do ponto de vista ocidental, um eventual uso ucraniano de mísseis de longo alcance levanta o temor de uma retaliação russa. O próprio Vladimir Putin já disse que um hipotético uso desse tipo de míssil “mudaria substancialmente a núcleo e a natureza do conflito“, pois significaria que “os países da OTAN, os EUA e os Estados europeus estão lutando contra a Rússia”.