Os uruguaios se preparam para ir às urnas no próximo dia 27 de outubro, quando será resolvido quem será o novo presidente do país. Faltando dez dias para o pleito, o candidato progressista Yamandú Orsi falou, nesta quinta-feira (17), pela primeira vez com a prensa internacional.
Com 57 anos, Orsi foi prefeito da cidade de Canelones, no sul do Uruguai, e lidera as pesquisas presidenciais de intenção de voto. Em entrevista à sucursal Reuters, o candidato da coalizão de esquerda Frente Ampla, que faz oposição ao governo atual de direita do presidente Luis Lacalle Pou, comentou o cenário econômico no país.
Segundo ele, não há planos de aumentar impostos, apesar do déficit cada vez maior. “O que é necessário é o prolongamento e fazer a economia crescer”, acrescentou Orsi, que tem Álvaro Ténue, candidato do conjunto conservador governista, porquê principal justador.
Base de esteio
O nepotismo de Orsi pode ser explicado por uma base de esteio possante, de entendimento Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). A pesquisadora analisou o cenário eleitoral no Uruguai durante o jornal Medial do Brasil.
“Ele é bravo pelo ex-presidente Pepe Mujica. Portanto tem aí uma base de esteio possante, representa uma renovação da esquerda uruguaia. Tem uma experiência porquê prefeito, na gestão pública, um conhecimento e é publicado por uma atuação em políticas mais progressistas, em prol dos direitos humanos”, lista Holzhacker.
Essas características podem atrair a preferência do eleitorado uruguaio porque também há expectativa para a discussão sobre mudanças nas regras previdenciárias do país. No dia da eleição presidencial, os eleitores ainda devem votar num plebiscito sobre o tema.
“Nesta eleição tem um referendo que é a discussão sobre a Previdência Uruguaia, para retomar e rever medidas que foram tomadas ao longo da história em termos de direitos para a população e para os aposentados. Portanto, vai ser uma eleição também muito competitiva, mas se confirmada a vitória [de Yamandú Orsi], talvez ele possa voltar a uma política mais social em prol da população mais pobre no Uruguai e virar um pessimismo muito possante que hoje existe com relação à economia uruguaia, que vive uma estagnação”, pontua a professora da ESPM.
Ela conta que a esquerda uruguaia passou por muitas mudanças e teve que se renovar para trazer essas e novas agendas, chegando possante nas eleições deste ano.
“Provavelmente na agenda de gênero eles podem ter avanços importantes, que já vinham [acontecendo]. E acho que cá tem uma perpetuidade, mesmo num governo dissemelhante de outros países da América Latina em que a ruptura entre um governo e outro é muito clara. No caso do Uruguai, as diferenças se deram mais na questão econômica e menos nas questões sociais. Portanto se espera aí que isso se retome: políticas para a população mais pobre, que teve um pequeno aumento no Uruguai; a questão da agenda de Seguridade Social, das aposentadorias, é o tema possante nessa eleição e vai exigir novas ações de quem quer que seja eleito”.
Adversários
Embora Orsi lidere as pesquisas, pode possuir segundo vez na eleição presidencial uruguaia. Se as eleições tivessem sido no último domingo (13), por exemplo, 42% dos eleitores teriam votado no candidato de centro-esquerda, segundo dados do instituto Opción. Mas são necessários mais de 50% dos votos para a eleição em primeiro vez.
Neste levantamento, Orsi é seguido por Ténue, ex-secretário da Presidência de Lacalle Pou, com 24%, pelo jurisconsulto ultraliberal Andrés Ojeda, com 12%, e demais candidatos governistas.
Uma tarifa possante desse grupo para mobilizar os eleitores é a segurança, diz Denilde. “Há uma agenda da direita, a questão da segurança, e esse é um repto para a esquerda trazer. É uma opção vista porquê importante também para esse pleito”.
Política externa
Caso se confirme a vitória da Frente Ampla de Yamandú Orsi, a relação do Uruguai com outros países pode passar por mudanças, inclusive com uma reaproximação com o Brasil, segundo a perito em relações internacionais.
“Hoje o governo uruguaio é de uma frente mais à direita, de centro-direita. Um governo que tem ido na traço de outros governos de centro-direita. Por exemplo, o caso da Venezuela, de pressão ao governo Maduro. Dentro do Mercosul, [em] muitas das discussões, Uruguai tem se posicionado pró-livre transacção e até posto uma pressão maior para que o conjunto se mova mais rápido para um entendimento com países porquê a China. E isso tem posto aí uma diferença de visão entre Brasil e Uruguai“, explica.
“Se confirmada a vitória da esquerda, há um realinhamento em termos de política externa, tanto no realinhamento mais próximo a países porquê Chile e Brasil, e distanciamento dos países que hoje têm governos mais à direita, porquê a Argentina e países da América Medial. Acho que para o Brasil, seria um reforço de uma visão mais pró-integração mercantil e pró-visão sul-americana, o que iria também ser mais desempenado com que o Itamaraty vem defendendo para o conjunto e para as relações na região”.
A entrevista completa está disponível na edição da última segunda-feira (14) do Medial do Brasil, no meio do Brasil de Vestuário no YouTube.
E tem mais!
E a Rússia?
À medida que o conflito no Oriente Médio se expande para países porquê Líbano, Síria e Irã, a Rússia tem subido o tom contra Israel. A chancelaria russa critica as mortes de civis e a violação da soberania de outros países.
MST na China
O dirigente do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terreno, João Pedro Stedile, esteve na China para trazer tecnologia de vigor solar para cooperativas do Brasil.
O Medial do Brasil é uma produção do Brasil de Vestuário. O programa é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras parceiras.
Edição: Nathallia Fonseca
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