Golpistas criaram uma vaquinha falsa nas redes sociais para lucrar em cima do caso de Maria Flor Dantas, de 6 anos, que morreu de um cancro vasqueiro em setembro deste ano. Os criminosos utilizam fotos da moçoila e vídeos da mãe para dar credibilidade aos pedidos.
A família da petiz teve as contas nas redes sociais bloqueadas, pois, os golpistas criaram páginas falsas com arrecadações fraudulentas utilizando fotos da moçoila. Conforme consta no boletim de ocorrência registrado pela mãe de Maria, Juliana Dantas Costa Oliveira, a conta falsa foi invenção pela família na última terça-feira (5).
O pai de Maria Flor, Stanley Douglas, disse que, além de suportar com a perda da filha posteriormente 2 anos de luta contra o cancro, agora, precisa mourejar com golpistas utilizando fotos da petiz. Os pais foram avisados por amigos, que denunciaram as páginas falsas.
“A gente ainda está vivendo nosso luto. Maria Flor era uma petiz muito intensa. Lutou bravamente contra um cancro durante 2 anos e ver as fotos dela na rede social, através de golpistas tentando se dar muito é surreal e indescritível”, relatou.
As páginas do Instagram e do Facebook da mãe da Maria foram bloqueadas, o que trouxe dificuldades à família para denunciar os golpistas.
Luta contra o cancro
Em 2022, Maria Flor foi diagnosticada com glioma pontino intrínseco difuso. Segundo o Instituto Vernáculo do Cancro (Inca), trata-se de um tumor vasqueiro, que acomete na maioria dos casos crianças entre 4 e 6 anos, porém podem ocorrer em adultos.
A doença tem comportamento invasivo, propagação rápido e prognóstico reservado, com sobrevida mediana de um ano.
Ainda de convénio com Stanley, Maria Flor fez o tratamento em Miami, nos Estados Unidos. Famílias de crianças recém diagnosticadas com a mesma doença no país entravam em contato com Juliana por meio do via para gerar uma rede de escora e estudo sobre o glioma pontino intrínseco difuso.
“No totalidade, já conseguimos ajudar 44 famílias através do Instagram da minha esposa, que tinha um teor grande”, finalizou.
A Polícia Social do Rio de Janeiro informou por meio de nota que o caso foi registrado na 82ª Delegacia Policial de Maricá e a investigação está em curso para identificar o responsável do violação.
*Sob supervisão