Muro de 100 milénio imóveis continuavam sem luz na manhã desta quarta-feira (16), de convénio com um expedido das 6h30 divulgado pela Enel, responsável pela distribuição da robustez na região metropolitana de São Paulo (SP).
O temporal que atingiu a região na noite da última sexta-feira (11), com ventos de até 100 quilômetros por hora, atingiu áreas da empresa e chegou a deixar 2,1 milhões de endereços sem robustez. Dos 100 milénio imóveis que continuam sem luz, 7,6 milénio se referem a ocorrências registradas na sexta-feira e no sábado, depois o evento climatológico.
Em nota, a concessionária afirmou que atua para o restabelecimento da robustez com o auxílio de equipes da empresa que ficam no Rio de Janeiro e no Ceará, além de funcionários de outras empresas que se somam à operação.
Para esta semana, o Instituto Vernáculo de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de risco de novidade tempestade com “transe potencial” para chuva e vendaval no interno paulista, com foco nas regiões de Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente e Bauru. A expectativa é de “chuva entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, ventos intensos (de 40 a 60 km/h), e queda de saraiva” para esta quarta-feira (16). Na capital, a previsão é de chuva no sábado (19), mas sem alerta de risco climatológico.
Tema de campanha
O apagão que ainda atinge secção da cidade de São Paulo virou tema de campanha entre os candidatos à Prefeitura Guilherme Boulos (Psol) e Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição. O prefeito culpa a empresa e o governo federalista. O deputado federalista, por sua vez, aponta para a inércia da Enel e da atual gestão.
Ao chegar para o debate da Band na última segunda-feira (14), Boulos afirmou a responsabilidade pela fiscalização e regulação dos serviços prestados pela Enel é da Dependência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), que fica no guarda-chuva do governo estadual, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), coligado de Nunes. Também disse que é função da Prefeitura a poda de árvores, por meio das 32 subprefeituras.
“As pessoas precisam assumir as suas responsabilidades, ainda mais quando são gestores públicos. Ele quer enganar as pessoas. O Lula tem que vir podar árvore em São Paulo? É isso que ele está sugerindo? O governo federalista não é o ente responsável para tratar disso, mas está fazendo o que pode diante de um prefeito omisso”, disse Boulos.
Ricardo Nunes, do outro lado, reforçou que a Dependência Vernáculo de Vontade Elétrica (Aneel) é responsável por regular e inspeccionar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de robustez elétrica, de convénio com a legislação. “A licença e fiscalização da Enel é do governo federalista. A cidade precisa saber de quem é a preterição. Discutir esse tema é fundamental”, afirmou Nunes ao chegar para o debate.
“Não queremos desculpa nem inércia. Eu já entrei com mais um reforço na Justiça. A Procuradoria-Universal do Município ingressou com mais um pedido de ação contra a Enel. Venho cobrando o Sandoval [Sandoval de Araujo Feitosa Neto, diretor-geral da Aneel] há muito tempo. Não dá para permanecer com essa empresa, e ele me garantiu que terá uma posição mais contundente contra a Enel”, disse Nunes.
Em nota, a Enel reiterou o “compromisso com a sociedade em todas as áreas em que atua e reforça que está fazendo os investimentos necessários para aumentar a qualidade dos serviços”.
Edição: Nathallia Fonseca
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