A resguardo do tutor do cão Joca – que morreu durante voo da companhia aérea Gol –, João Fantazzini Júnior, recorreu à Justiça de São Paulo para que o interrogatório que investiga a morte do bicho seja reaberto.
O legisperito Marcello Primo, que representa o tutor do golden retriever, pediu à Procuradoria-Universal de Justiça que reconsidere o interrogatório criminal e aprofunde a investigação sobre a morte em abril deste ano.
No mês pretérito, o interrogatório foi arquivado pela Justiça sob o argumento de falta de elementos para provar que o bicho foi vítima de maus-tratos pelos funcionários da companhia aérea.
No entanto, a própria Polícia Social de Guarulhos apontou que “houve efetivo erro no embarque do bicho” e que a caixa em que o cachorro era transportado sofreu uma queda no Aeroporto de Fortaleza, o que pode também ter contribuído para a morte do bicho.
A resguardo do tutor alega ainda que o arquivamento pela Justiça ocorreu sem a estudo das imagens de câmeras de segurança e de fotos apresentadas pelo funcionário responsável da retirada do bicho no momento da chegada da aeroplano no aeroporto de Fortaleza. “Tais elementos são fundamentais para averiguar se houve transgressão de maus-tratos, e sua carência impede uma desenlace justa e embasada dos fatos”, disse Marcello Primo na petição.
Relembre o caso
João Fantazzini estava se mudando para o Mato Grosso e embarcou para Sinop com o intuito de chegar à cidade no mesmo horário que o cachorro. Ao desembarcar, foi informado pela Gol de que o bicho havia sido levado por ilusão para Fortaleza.
A viagem, que deveria levar até duas horas e meia, demorou quase oito horas, contando o tempo em que Joca foi enviado de volta para São Paulo. Durante a espera, o cão ficou murado de 1h30 na pista de embarque e desembarque, com temperatura de 36°C, e já chegou no rumo sem vida.
Um laudo foi solicitado pela Universidade de São Paulo (USP), que indicou a morte do cão por choque cardiogênico – distúrbio circulatório associado à redução do rendimento cardíaco, quando o coração não consegue bombear o sangue adequadamente.