O ministro do Interno, Justiça e Silêncio da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou na noite deste sábado (14) o desmantelamento de um projecto para desestabilizar o país e testilhar representantes do governo, que estaria sendo orquestrado por Estados Unidos e Espanha.
“É importante que a opinião pública internacional tenha perspicuidade sobre a trama que estes detidos tentaram recitar, uma vez que os meios de notícia internacionais tentarão distorcer a verdade”, afirmou o ministro.
Segundo Cabello, os Estados Unidos estariam adiante da organização da conspiração e as agências de lucidez espanholas foram encarregadas de recrutar mercenários para executar o projecto, que incluiria o homicídio do presidente Nicolás Maduro, da vice-presidente, Delcy Rodríguez, e do próprio ministro. “Contrataram mercenários da Europa de Leste, americanos, que procuram testilhar a Venezuela”, afirmou.
Em entrevista à Telesur, o ministro disse que havia um projecto de recrutamento de mercenários. Também apresentou secção de um lote de armas com murado de 400 fuzis e pistolas apreendidas.
“As armas, cuja origem são os Estados Unidos, têm entrado por rotas marítimas aparentemente legais. Chegaram à Venezuela em contentores com produtos uma vez que ração para cães, vieram desarmados e cá foram recebidos por grupos que tinham a responsabilidade de os armar”, disse o ministro.
Detidos
Cabello confirmou que as autoridades venezuelanas detiveram o soldado norte-americano da ativa Wilber Joseph Castañeda, suspeito de guiar a operação. No celular dele teriam sido encontradas mensagens sobre a conspiração e a participação nas manifestações posteriormente a divulgação do resultado das eleições, entre 28 e 30 de julho.
Além dele, outros dois estadunidenses foram detidos: Estrella David e Aaron Barren Logan. Eles seriam suspeitos de recitar ataques cibernéticos, que seriam movidos contra serviços básicos para gerar impaciência e impaciência nas pessoas.
Também foram detidos dois cidadãos espanhóis, membros de organizações de lucidez: José María Basoa e Andrés Martínez. Já o cidadão checo impedido, que não teve o nome revelado, trabalharia uma vez que mercenário na Europa. Com ele foi apreendido um caderno que detalhada suas ligações com políticos venezuelanos e com as manifestações posteriormente as eleições.
Segundo o ministro, o grupo estaria em contato com nomes da oposição de direita, uma vez que María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, Julio Borges, Belén Salas, Carlos Vecchio e Yorman Varillas. Ele acrescentou que nos telefones apreendidos há arquivos de conversas com essas figuras.
EUA e Espanha negam
Estados Unidos e Espanha se manifestaram na manhã deste domingo (15) e negaram as acusações do governo venezuelano.
O Departamento de Estado estadunidense classificou as afirmações do ministro do Interno, Justiça e Silêncio da Venezuela, Diosdado Cabello uma vez que “categoricamente falsas” e confirmou que um militar do país foi impedido e que havia informações não confirmadas sobre outras duas prisões.
O Ministério das Relações Exteriores da Espanha confirmou a detenção de dois cidadãos do país, mas negou que eles sejam funcionários do serviço secreto do país.
Diosdado Cabello
Um dos nomes históricos do chavismo, Diosdado Cabello foi nomeado ministro do Interno, Justiça e Silêncio no final de agosto. Ele foi vice-presidente de Hugo Chávez e assumiu a presidência por 4 horas, depois do golpe contra o ex-presidente em abril de 2002. Militares e manifestantes conseguiram segurar o golpe e Diosdado devolveu o incumbência a Chávez.
Logo depois daquele incidente, ele assumiu o ministério do Interno, Justiça e Silêncio com a missão de impulsionar as investigações sobre o golpe. Mais tarde, ele se tornou presidente da Parlamento Vernáculo e primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unificado de Venezuela (PSUV).
Um dos principais órgãos que ficam sob o guarda-chuva do Ministério do Interno é o Serviço de Perceptibilidade Bolivariano (Sebin).
Edição: Rodrigo Gomes
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