Dos casos protocolados, 800 chegaram ao tribunal por meio de recursos, muitos deles envolvendo conteúdos de internet, inclusive com o uso de lucidez sintético
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) já registrou mais de 1.700 denúncias relacionadas a propaganda eleitoral irregular, publicidade antecipada e pedidos de recta de resposta solicitados por candidatos ou partidos que alegam terem sido claro de desinformação ou ofensas por secção de seus adversários. A Golpe Eleitoral disse que as denúncias envolvem diversos meios, porquê redes sociais, outdoors, banners, folhetos, meios institucionais ou aplicativos de mensagens.
Dos casos protocolados, 800 chegaram ao tribunal por meio de recursos, muitos deles envolvendo conteúdos de internet, inclusive com o uso de lucidez sintético. Um exemplo é a ação movida pelo MDB contra Tabata Amaral (PSB). Na avaliação da legenda, a candidata usou deep fake em um vídeo publicado em abril, no qual misturava o rosto personagem Ken, do filme Barbie, com o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes. A técnica consiste em mudar um vídeo ou foto com ajuda de lucidez sintético, trocando a imagem de alguém em cena por a de qualquer outra pessoa.
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Na ocasião, o TRE-SP não identificou irregularidade na publicação de Tabata. A deputada tirou a primeira versão do ar e publicou outra, em que uma foto sobrepõe o rosto do personagem do filme. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou, em março, uma solução que trata sobre as infrações nas eleições municipais deste ano. Entre elas, está a proibição do uso de deep fake pelas campanhas e a notificação ao órgão do uso de lucidez sintético por qualquer candidato.
Pablo Marçal (PRTB) foi réprobo por propaganda negativa e mentirosa no caso em que acusou, sem provas, que Guilherme Boulos (PSOL) era usuário de drogas. Além de multa, o ex-coach também foi obrigado a ceder recta de resposta ao contendor em suas redes sociais. Já Boulos foi multado em duas oportunidades por propaganda eleitoral antecipada. A primeira, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando o petista pediu voto ao portanto pré-candidato nas comemorações do 1º de Maio, em São Paulo. Na ocasião, Lula recebeu multa de R$ 15 milénio e Boulos, de R$ 10 milénio
No palco, Lula chamou Boulos de candidato, apesar de o período de convenções e registros de candidatura só se abrirem dois meses depois do evento, em julho. “Ninguém derrotará esse moço cá se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, reiterou.
A segunda pena, pena de R$ 5 milénio, foi por propaganda antecipada do deputado federalista durante as festividades de Carnaval neste ano. A ação, movida pelo Partido Novo, se baseou em uma publicação nas redes sociais de Boulos, que mostrava foliões usando leques com expressões “fica, vai ter bolo” e “SP + gostoso com bolo”. Procurada, campanha de Boulos ainda não se manifestou.
José Luiz Datena (PSDB), Boulos e Marçal também são alvos de outras sete ações na Golpe Eleitoral sobre agravo de poder econômico ou de poder e uso indevido de meios de notícia durante a campanha.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carolina Ferreira
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