A Justiça da Argentina emitiu mandados de prisão contra os 61 foragidos brasileiros que tiveram pedidos de extradição enviados pelo Brasil, segundo a Folha confirmou com interlocutores da dimensão. Eles foram condenados a diferentes penas devido à participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. A decisão coube ao juiz Daniel Rafecas, superintendente do 3ª Vara Federalista. As ordens de conquista foram emitidas e, até cá, já há dois brasileiros detidos no país. Eles terão audiências com o juiz Rafecas, que decidirá sobre a extradição, e poderão recorrer à Incisão Suprema de Justiça.
Na última ocasião em que foi questionado sobre o tema, o governo de Javier Milei afirmou, por meio de seu porta-voz, Manuel Adorni, que a Moradia Rosada exclusivamente seguiria as ordens judiciais no que diz saudação às decisões sobre extradição. Milei é um coligado de Jair Bolsonaro (PL).
Porquê mostrou a reportagem, um dos detidos foi Joelton Gusmão de Oliveira, durante esta quinta-feira (14), em La Plata, na província de Buenos Aires. Ele foi réprobo no Brasil a 17 anos de prisão. A segunda detenção ocorreu na tarde desta sexta-feira.
Também havia uma ordem de detenção contra Alessandra Faria Rondon, esposa de Oliveira, mas ela conseguiu deixar o lugar antes de ser capturada pelos policiais.
De convénio com informações obtidas pela reportagem por meio da lei de aproximação à informação lugar, até meados de outubro 185 brasileiros haviam pediram refúgio na Argentina. Para efeitos de confrontação, em 2023 foram exclusivamente três. A maioria (109) é de homens, e a maior fatia de pedidos ocorreu no mês de maio (47).
Os detidos permanecerão presos até que uma audiência para calcular a extradição seja feita. O juiz Rafecas é também professor na Faculdade de Recta da UBA, a Universidade de Buenos Aires, a mais prestigiada do país. Tem atuação na dimensão de direitos humanos.