Fenômeno entre adolescentes na periferia, as armas de gel tomaram a Rua 25 de Março, principal núcleo popular de compras de São Paulo. Em uma rápida estirão pela via na sexta-feira (13/9), o Metrópoles flagrou a venda disseminada do equipamento, inclusive com demonstrações ao ar livre (veja vídeos inferior). Ambulantes que oferecem o resultado, que pode custar de R$ 250 a R$ 450, estão espalhados em praticamente todos os quarteirões.
A Polícia Militar chegou a fazer um alerta sobre os riscos do uso desse tipo de arma entre os jovens.
“Por conta da semelhança [com armas reais], as pistolas podem ser consideradas reais, sendo provável confundir não só a população que vive nas regiões onde esse tipo de galhofa acontece, mas também policiais durante o patrulhamento ou numa situação de emergência”, informa enviado divulgado pela PM.
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Na 25 de Março, as “arminhas”, porquê os próprios vendedores as chamam, podem ser encontradas aos montes nas barracas. O preço varia de pacto com a potência. Já os saquinhos de bolinhas de gel custam, em média, R$ 10.
Durante visitante à 25 de Março, a reportagem presenciou um varão tentando comprar “20 peças de uma vez só” — mas o vendedor não tinha essa quantidade.
Um vendedor contou que, por volta de 15h, já tinha vendido 46 das 48 armas de gel que tinha disponíveis. O preço unitário era R$ 370. Segundo ele, nem ele e nem seu fornecedor tinham estoque suficiente para vender em grande quantidade naquele momento.
O Metrópoles também flagrou os testes com as armas. Algumas delas são tão fortes que conseguem furar caixas de papelão (veja inferior). Alguns equipamentos têm alcance de até 50 metros. Um policial militar disse, sem se identificar, que “isso ainda vai dar muito problema”.
Além da 25 de Março, é provável encontrar arminhas em gel também na internet. No transacção eletrônico, as metralhadoras são vendidas por preço similar ao encontrado no transacção de rua. Já os saquinhos com 5.000 munições custam a partir de R$ 18.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que, além das 18 pessoas que foram detidas no Jardim São Luís, na zona sul de São Paulo, depois uma confusão no dia 10 de setembro, a Polícia Social localizou outras quatro ocorrências relacionadas a essa prática, também na zona sul.
De pacto com a SSP, foram apreendidos, ao todo, 10 equipamentos que se assemelham a armas de queima, mas continham munições em gel e dois óculos de proteção. “O uso de réplicas e objetos que podem ser confundidos com armas de queima pode gerar inúmeros transtornos, desde acidente de trânsito e ferimentos, além de poder ser usado para a prática de crimes”, alterou a pasta.
Manadeira/Créditos: Metropoles
Créditos (Imagem de capote): William Cardoso/ Metrópoles
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