O Tribunal Popular constituído por movimentos populares de todo o mundo presentes no G20 Social julgará nesta sexta-feira (15) o genocídio cometido por Israel na Tira de Gaza – corroborando o posicionamento de mais de 50 países que aderiram à ação da África do Sul na Incisão Internacional de Justiça (CIJ).
O massacre cometido por Israel contra a população palestina representa o principal repto para a meio do Brasil na presidência do G20 que acontece entre segunda (18) e terça-feira (19) no Rio de Janeiro (RJ). O julgamento desse delito no Tribunal Popular pressionará o governo de Luiz Inácio Lula da Silva por posições concretas contra o regime de Israel.
Apesar de já ter classificado a ofensiva militar comandada pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de genocídio, o governo brasílico pode ser considerado cúmplice desse delito, caso mantenha a exportação de petróleo para Israel. Essa é a perspectiva da advogada palestina Rula Shadeed, responsável por apresentar essa culpa perante o júri popular do G20 social.
“Apesar das declarações do presidente Lula, o Brasil ainda está exportando petróleo bruto para o Estado colonial israelense, muito usado para produzir o combustível necessário para muitas máquinas armadas que estão sendo usadas em Gaza, seja combustível de jato ou combustível para tanques e assim por diante. Portanto, isso está muito ligado ao atual genocídio em curso”, disse ao Brasil de Indumentária.
Em agosto, uma pesquisa encomendada pela organização sem fins lucrativos Oil Change International, revelou que o Brasil é responsável por 9% do totalidade de petróleo bruto fornecido a Israel e aponta que o embargo em relação ao petróleo ajudaria a promover um cessar-fogo na região.
Na quarta-feira (13), uma coalizão liderada por organizações palestinas apresentou na COP29 – a Conferência para o Clima da ONU – um pedido ao Brasil, à África do Sul e à Turquia para cessarem o fornecimento de gás e robustez a Israel, a exemplo do que fez o governo da Colômbia.
Diretora da organização Palestine Institute for Public Diplomacy – PIPD (Instituto Palestinos para Diplomacia Pública), instituição da sociedade social palestina com sede em Ramallah, Shadeed defende o embargo de armas e combustíveis a Israel porquê uma ação urgente diante do agravamento da situação humanitária no setentrião da Tira de Gaza.
“Nas últimas cinco semanas, temos visto o cerco, a situação inacreditável e o termo de qualquer ajuda humanitária à segmento setentrião da Gaza, e isso acontece porque países porquê o Brasil e a Turquia, que são muito claros sobre o genocídio, não tomaram medidas.”
Um comitê peculiar da Organização das Nações unidas (ONU) declarou na quinta-feira (14), que os métodos de guerra utilizados por Israel na Tira de Gaza “correspondem às características de genocídio.” “As autoridades israelenses têm bem publicamente políticas que privam os palestinos das necessidades vitais mais básicas”, incluindo vitualhas, chuva e combustível, diz o informe do comitê.
Edição: Lucas Estanislau