Um bicho-preguiça foi encontrado carbonizado por brigadistas do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) neste sábado (14), depois que um incêndio destruiu secção da Suplente Biológica do Tinguá, no trecho de Novidade Iguaçu. A Rebio está inserida em quatro municípios: Petrópolis, na Região Serrana do Rio, Duque de Caxias, Miguel Pereira e Novidade Iguaçu. A foto revela o quanto têm sido devastadores os incêndios em reservas florestais da região.
“A preguiça foi encontrada caída no meio da floresta. Os animais mais vulneráveis são exatamente esses animais mais lentos, que rastejam, por exemplo, serpentes. É muito generalidade de falecerem. Animais que ficam entocados também. Pode sobrevir de serem queimados. Enfim, esses animais que têm maior dificuldade de locomoção ou que tentam se esconder, eles acabam sendo as maiores vítimas” explica o dirigente da Apa-Petrópolis, Victor Valente.
O incêndio começou na sexta (13) e só foi extinto no dia seguinte. Segundo o ICMbio, foi criminoso, mas até o momento não foi verosímil identificar a autoria. Ao longo da semana, o instituto vai tentar dimensionar o tamanho da espaço afetada.
Segundo o corpo de bombeiros, só neste sábado (14) foram registrados sete focos de incêndio florestal em Petrópolis. Os casos mais críticos são em Cascatinha, no Monumento Originário da Serra da Maria Comprida, Na Vila de Secretário e no Caxambu, região que fica dentro do Parque Pátrio da Serra dos Órgãos.
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Ao todo, o corpo de bombeiros informou que extinguiu mais de 1 milénio incêndios florestais, no Estado do Rio desde a geração do gabinete de gestão de crise, na última quinta-feira (12). Até o momento, em números absolutos, já foram eliminados 1.162 dos 1.199 focos registrados nos últimos três dias. Neste domingo (15), 29 focos de incêndio em vegetação ainda estão ativos e estão sendo combatidos pelos militares.
Uma vez que o tempo está muito sequioso, o ICMBio reforça que a população não deve usar o incêndio para queima de lixo ou limpeza de terreno. O cenário tem sido considerado catastrófico para as reservas florestais e qualquer fagulha pode provocar um grande incêndio.
Uma vez que a população pode denunciar queimadas
A Secretaria de Estado do Envolvente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Envolvente (Inea) reforçam que provocar incêndios florestais é delito e orientam a população sobre uma vez que agir para evitar queimadas durante o período de estiagem. O alerta é importante tendo em vista dados do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro que apontam que mais de 95% destas ocorrências tem motivo humana – casual ou proposital.
A população deve estar atenta, evitar descartar guimbas de cigarro acesas próximo a áreas verdes e beiras de estradas; não fazer queima de lixo ou para limpeza de terreno, assim uma vez que também evitar atear fogueiras e soltar fogos de artifício. Também importante lembrar que soltar balões é delito.
Natividade/Créditos: G1
Créditos (Imagem de envoltório): Foto: Reprodução ICMBio – APA Petrópolis
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