A Enel, empresa concessionária do setor de distribuição de vigor em São Paulo, divulgou na manhã desta segunda-feira (14) um balanço sobre o apagão na região metropolitana da capital. Tapume de 530 milénio clientes seguem sem vigor, 354 milénio deles na cidade de São Paulo. Outros municípios atingidos são Cotia, com 36,9 milénio residências sem vigor; Taboão da Serra, com 32,7 milénio; e São Bernardo do Campo, com 28,1 milénio instalações sem atendimento.
Os transtornos à população paulista começaram na sexta-feira (11), quando um temporal de murado de 30 minutos atingiu o estado. Tapume de 2,1 milhões de residências ficaram sem fornecimento de vigor na ocasião.
Em nota divulgada no sábado (12), a Filial Pátrio de Vontade Elétrica (Aneel) intimou a Enel a prestar esclarecimentos sobre o ocorrido e levantou a hipótese de recomendar o término da licença da empresa.
Já no domingo (13), posteriormente reunião com representantes da Enel, da sucursal federalista e da Filial Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), a Aneel classificou uma vez que “aquém do esperado” a atuação da empresa para o restabelecimento do aprovisionamento de vigor na região metropolitana.
A sucursal apontou a lentidão da Enel em chegar aos 2,5 milénio agentes em campo para os reparos necessários, número previsto em projecto de contingência da empresa. Até domingo, eram 1,7 milénio agentes em campo.
A Aneel comparou ainda a resposta da Enel ao apagão ocorrido em novembro de 2023. “A retomada está, quando comparamos com o evento do ano pretérito, não está tão eficiente quanto esperávamos”, disse diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa Neto.
A reunião entre as agências reguladoras e a Enel aconteceu em meio a uma troca de críticas entre Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, e Alexandre Silveira (PSD), ministro de Minas e Vontade. No sábado, Nunes chegou a criticar o governo federalista, dizendo que havia “descaso” com a população de São Paulo. Depois receber pesadas críticas por sua atuação para a contenção da crise, Nunes afirmou em seu perfil no X/Twitter, no domingo, que Silveira teria conversado sobre a renovação dos contratos da Enel no Brasil com o diretor da empresa na Itália.
Em resposta, na mesma rede social, Silveira acusou Nunes de buscar a legado dos votos de Pablo Marçal com acusações contra o governo federalista. O ministro afirmou que participou de fórum de debates na Itália “com a presença de vários empresários e autoridades brasileiras e italianas” e que “não houve qualquer discussão sobre a renovação da licença da Enel”. “Isso não está na mesa, pois o contrato, que os aliados do prefeito assinaram, vai até 2028”.
Edição: Geisa Marques
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