A prefeitura de Gravataí (RS) foi à Justiça na última segunda-feira, 12 de agosto, pedir que a inauguração do Templo de Lúcifer na cidade fosse proibida. Uma liminar foi concedida e a introdução do sítio foi impedida.
A gestão municipal moveu ação na 4ª Vara Cível Especializada em Quinta Pública da Comarca de Gravataí, vinculada ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, pedindo a interdição do espaço, que terá uma estátua de cinco metros de profundeza alusiva a Lúcifer.
A decisão liminar foi concedida em caráter de urgência, proibindo a cerimônia de inauguração do templo, que estava marcada para ontem, 13 de agosto. A mesma medida determinou a interdição até que as devidas regularizações exigidas pela prefeitura sejam concluídas.
De contrato com informações do G1, a Justiça também determinou multa diária de R$ 50 milénio em caso de descumprimento da ordem, reforçando a premência de que o sítio funcione somente em seguida a obtenção de um CNPJ para o Templo de Lúcifer e o alvará de funcionamento.
A prefeitura também argumentou na Justiça que a interdição era necessária devido à instabilidade causada pela repercussão negativa sobre a introdução do sítio no município.
Da segmento dos satanistas responsáveis pelo sítio, a exigência da prefeitura é descabida: “O sítio, a espaço que nós compramos para o santuário, seria uma espaço só para encontros, logo é uma propriedade rústico, nós não tivemos tempo de seguir com os papéis porque a prefeitura deixou muito evidente numa nota do prefeito que se fosse guiado teria dificuldade de passar”, disse Lukas de Bará da Rua, um dos fundadores da instituição.
Antes da inauguração, foi noticiado que o espaço receberia rituais de “demonolatria” e subida magia negra, mas diante da liminar, Lukas minimizou as atividades: “Logo nós não demos perenidade para isso, até porque numa espaço rústico qualquer pessoa na sua lar pode reunir os amigos, por que eu não posso reunir os amigos para falar de religião?”, disse.
O satanista entende ser vítima de intolerância religiosa: “No espaço privado a prefeitura entra e parece que a Justiça também tem religião”, protestou, informando que já recorreu da liminar.
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