O Governo do Região Federalista (GDF) informou, por meio do secretário-executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, que não há mais artefatos explosivos na Terreiro dos Três Poderes, em Brasília. A pasta também afirmou que o corpo do suspeito de efetuar as explosões foi retirado do lugar na manhã desta quinta-feira (14), depois perícia.
Segundo Patury, uma carreta estacionada na superfície do incorporado da Câmara dos Deputados, onde houve a explosão de um carruagem na noite desta terça-feira (13), é periciada neste momento “para ver se tem ou não qualquer transe”.
O secretário-executivo informou ainda que a Polícia Federalista (PF) e a Polícia Militar do DF (PMDF) estiveram em Ceilândia, na moradia alugada por Francisco Wanderley Luiz, suspeito morto durante a explosão. No lugar, foram encontradas algumas bombas.
“O robô atuou e teve uma petardo que explodiu. Não sabemos se foi embuste, mas esse lugar está sendo periciado, ou seja, a PMDF faz a varredura em conjunto com a Polícia Judiciária para fazer a avaliação de todas as provas e poder coletar para a investigação”, disse Patury.
A PF abriu questionário para apurar as explosões. Por considerar a possibilidade de um novo ataque aos três Poderes, a PF vai encaminhar o questionário ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
A Polícia Militar (PM) do Região Federalista informou nesta quinta-feira (14) que encontrou artefatos explosivos no lugar onde Francisco Wanderley Luiz estava hospedado, em Ceilândia, região administrativa sobre 30 quilômetros do meio de Brasília.
“GDF tem comando”, afirma Celina Leão
Em coletiva realizada na noite desta quarta-feira (13), a governadora em manobra Celina Leão (PP) afirmou que as investigações sobre as explosões ocorridas na Terreiro dos Três Poderes estão em curso e apontou que o caso pode ser do que chamou de “lobo solitário”.
Leão também informou que está em diálogo direto com os presidentes do Congresso Vernáculo, do Supremo Tribunal Federalista (STF) e com o Ministério da Justiça para repassar informações sobre o caso, mas não mencionou nenhuma conversa com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ela afirmou ainda que a Polícia Social do DF (PCDF) abriu investigações que serão anexadas ao processo referente ao 8 de janeiro, em curso no STF. “A Polícia Social do DF está trabalhando na secção da perceptibilidade e nós reforçamos a segurança do Palácio do Alvorada e da Residência Solene. O Governo do Região Federalista está com esse grupo de trabalho montado até que nós tenhamos todas as informações niveladas com todos os poderes”.
Segundo a vice-governadora, o governador Ibaneis Rocha (MDB) está em licença solene e ainda não havia confirmado se retornaria à Brasília em função do ataque. “Eu acredito que devido ao evento, ele possa voltar sim, mas ele não confirmou até agora”, disse Celina Leão durante a coletiva.
A governadora em manobra destacou que “todo governador tem uma vice ou um vice que tem que estar capaz a trabalhar a qualquer momento”. “Quero falar que o governo do Região Federalista tem comando e nós estamos cuidando da situação com toda a força da nossa segurança pública”, afirmou.
Ibaneis Rocha usou as redes sociais para qualificar o ato porquê grave e realçar que “todas as unidades de segurança e perceptibilidade do GDF estão orientadas a agir com rigor e rapidez para identificar o responsável ou autores, muito porquê a motivação dos ataques”.
Entenda o que aconteceu
Por volta das 19h30 desta quarta-feira (13), pelo menos duas explosões aconteceram na Terreiro dos Três Poderes. A primeira aconteceu no carruagem de Francisco Wanderley Luiz, estacionado próximo à Câmara dos Deputados. Os explosivos parecem ter sido acionados de maneira remota.
A segunda explosão, que causou a morte de Luiz, aconteceu próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federalista (STF). O suspeito tentou entrar no prédio, mas foi barrado. Em seguida, segundo uma testemunha, detonou explosivos que levava na mochila.
Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava mais no Palácio do Planalto no momento das explosões. Ele já havia se dirigido para a residência solene, onde tinha prevista uma reunião com o diretor da Polícia Federalista (PF), Andrei Rodrigues.
Quem é o suspeito?
Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador na cidade de Rio do Sul (SC) nas eleições de 2020. Ele teve 98 votos e não foi eleito.
Em suas redes sociais, ele fez publicações em que fazia referência a explosões: postou prints de conversas consigo mesmo no WhatsApp em que usa emojis de bombas e “desafia” a Polícia Federalista a “desarmar a petardo que está na moradia dos comunistas”.
Em outras postagens, Luiz mostrou fotos suas em visitante ao prédio do STF, realizada em agosto deste ano.
Manancial: BdF Região Federalista
Edição: Flávia Quirino