Na próxima sexta-feira, 15 de novembro, o Instituto Missiva Magna da Umbanda do Estado do Ceará (ICMU-CE), promove pelo segundo ano continuado, a Jornada Contra a Intolerância Religiosa. A marcha também será utilizada porquê forma de comemorar o Dia Pátrio da Umbanda, comemorado em 15 de novembro, mesma data de sua instauração e reconhecimento, e que em 2024 completa 116 anos.
O presidente do ICMU, Pai Gerson do terreiro da Mãe Maria, afirma que a marcha é um momento para combater a intolerância e o racismo religioso e invocar atenção para a existência e pautas dos povos de terreiro. A marcha que tem concentração na Terreiro dos Leões, em Fortaleza, é oportunidade a pessoas de todas as religiões, e deve transpor em cortejo até a Terreiro da Cidade da Moçoilo, onde acontece o ato político às 16h, com falas das lideranças religiosas, apresentações culturais, e uma gira de mestiço (ritual religioso) que deverá se fechar às 18h30.
A marcha cumpre um papel fundamental ao dar visibilidade aos povos de terreiro, a Umbanda, e ao combate ao preconceito. Em 2023, durante a realização da primeira edição da marcha, o evento contou com base da população e participação dos parlamentares, além da grande repercussão na mídia lugar. De conformidade com o relato do Pai Gerson, os umbandistas e simpatizantes da religião saíram em marcha utilizando vestes, guias, cânticos e realizaram também a gira oportunidade, para comemorar a silêncio, a fraternidade e a união. “Ao contrário do que dizem os fundamentalistas que fazem da religião escada para o poder político e satanizam nossas crenças, nós propagamos somente esses sentimentos, a solidariedade, fraternidade, silêncio e união”, afirma.
Além de comemorar o dia religioso, os organizadores apontam a construção da marcha porquê instrumento de denúncia contra o histórico do racismo, inclusive o religioso, porquê um problema enraizado no Ceará e no País, e caracteriza porquê legado do colonialismo ainda não superado. Pai Gerson destaca ainda que o trabalho para combater a intolerância e o racismo religioso deve ser construído com base no processo de conscientização e de visibilidade, pautando a urgência que existe em municípios e governos criarem mecanismos para que os religiosos possam desenvolver trabalhos de conscientização e reverência às religiões afro-brasileiras.
A expectativa é que diversas figuras políticas do Ceará e de Fortaleza compareçam e marchem juntamente com os religiosos durante todo o trajectória da marcha em referência ao dia da umbanda.
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Natividade: BdF Ceará
Edição: Camila Garcia