A advogada Aline Borges da Silva e sua mãe, uma servidora do Ministério Público Estadual de Santa Catarina (MP-SC), foram agredidas por policiais militares na noite do último sábado durante uma ocorrência no estacionamento de um supermercado em Içara, no Sul do estado. Imagens registradas por testemunhas mostram Aline no soalho e, depois, colocada pelos agentes no porta-malas de uma viatura, enquanto a mãe leva um tapa no rosto desferido por um PM. O MP-SC instaurou um procedimento extrajudicial próprio para investigar o caso. A seccional catarinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC) pediu o encolhimento dos policias envolvidos.
Aline foi agredida quando se aproximou para seguir uma abordagem policial, no estacionamento, conforme regalia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). De convenção com a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), os agentes tinham sido acionados por uma funcionária que alegava ser vítima de injúria por segmento de um cliente. As informações são do portal g1.
A advogada portanto foi questionada sobre o que estava fazendo naquele lugar e, em seguida, recebeu gás de pimenta no rosto. Ela também relatou ter sido chutada, imobilizada com um joelho no pescoço e perdido uma unha ao ter os dedos torcidos pelos militares. A mãe de Aline levou um tapa no rosto, choque elétrico e empurrões.
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Na segunda-feira, a advogada fez examinação de corpo e delito. Ela também prestou esclarecimentos na delegacia do município. No entanto, a Polícia Social registrou um termo circunstanciado por resistência, por segmento de Aline, além de um suposto desacato que teria sido cometido por ela contra os policiais.
Em nota, a Polícia Militar informou que “as atitudes dos policiais estão sendo investigadas” e acrescentou que um interrogatório foi instaurado para investigar o caso. A OAB-SC alegou que o encolhimento dos agentes é necessário “para que a responsabilidade seja devidamente apurada e os envolvidos responsabilizados, além da apuração completa de todos os fatos”.