O ministro Kassio Nunes Marques, indicado ao STF por Jair Bolsonaro, rejeitou um pedido do ex-presidente para distanciar Alexandre de Moraes dos casos relacionados aos eventos de 8 de janeiro e à chamada “tentativa de golpe”. O pedido alegava que Moraes não poderia atuar nos processos, pois teria um envolvimento direto nas investigações e decisões. Nunes Marques afirmou que não havia fundamento jurídico suficiente para admitir o pleito, o que reforça a posição da maioria da Galanteio sobre a manutenção de Moraes nesses casos.
A decisão de Kassio Nunes Marques simboliza mais um revés para Bolsonaro e seus aliados, que veem Moraes porquê figura meão em decisões que consideram desfavoráveis. A repudiação também mostra uma tendência de alinhamento entre os ministros do STF, mesmo entre aqueles indicados por Bolsonaro, porquê André Mendonça e Kassio, que têm se mostrado cuidadosos em temas que envolvem o ex-presidente diretamente.
A questão gerou grande repercussão política, pois envolve o debate sobre a independência do Judiciário e a perpetuidade das investigações dos atos de 8 de janeiro.
Bolsonaro, por sua vez, tem insistido em criticar a atuação de Moraes e os processos conduzidos por ele, enquanto procura alternativas legais para impugnar as decisões e substanciar sua narrativa política. Esse cenário também ilustra a dificuldade de fala jurídica e política do ex-presidente e sua base, que enfrentam uma possante coesão dentro do STF, mormente em casos envolvendo ataques às instituições democráticas. Apesar das tentativas de virar decisões, as estratégias legais de Bolsonaro têm encontrado pouca aderência nos tribunais.
Aliás, a repudiação do pedido evidencia o posicionamento estratégico de ministros porquê Kassio e Mendonça, que, ao contrário das expectativas iniciais de alinhamento automático, têm buscado preservar suas trajetórias institucionais e evitar embates mais diretos com os colegas da Galanteio e com o cenário jurídico preponderante.
Assim, a perpetuidade de Moraes nos casos relacionados ao 8 de janeiro e à suposta trama golpista parece consolidada, reforçando sua posição porquê um dos principais protagonistas no enfrentamento às tentativas de desestabilização democrática.
Essa postura, no entanto, continua sendo meta de críticas intensas por segmento dos apoiadores de Bolsonaro, que prometem manter a pressão contra decisões da Suprema Galanteio.