Nas redes sociais, circula um vídeo sobre a “Amazônia” que exibe um grupo de indígenas transportando uma ampla quantidade de tartarugas mortas. As imagens não possibilitam a identificação da espécie específica, a proveniência do suposto contrabando ou a estimativa do totalidade de animais mortos.
No entanto, o vídeo mostra principalmente um sistema estruturado, envolvendo várias pessoas, a utilização de uma caminhonete, um caminhão e alguns equipamentos feitos à mão, que, aparentemente, foram construídos para esse propósito específico.
Contrabando na Amazônia é frequente, diz Ibama
Acredita-se que o violação possa ter sucedido na Amazônia, principalmente devido ao supino número de infrações parecidas que as autoridades ambientais têm documentado nos últimos anos.
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Segundo especialistas, a situação se agravou tanto que, em 2023, o Instituto Brasílico do Meio Envolvente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) lançou a Operação Tabuleiro. O principal objetivo é combater principalmente a conquista de quelônios, uma vez que a tartaruga-da-amazônia e o tracajá.
O vídeo em circulação nas redes sociais está no perfil do jornalista Fernão Lara Mesquita. Nele, Mesquita escreve na legenda: “Os arrastões pela floresta, com longas filas de indígenas, para a conquista de jabutis, é indumento insistentemente relatado por quem vive na Amazônia próximo a reservas indígenas. Agora está filmado”.
Em 1 minuto e 15 segundos é verosímil ver claramente mais de uma dezena de índios trabalhando na transporte da fardo. Um dos indígenas carrega um artefato que se assemelha a um trenó, onde estão mais de 15 tartarugas. O transporte é em lotes que saem da carroceria de um caminhão.
“Se tem gente para comprar, tem índio para vender”
Posteriormente a publicação de Mesquita na última sexta-feira, dia 8, houve muita interação. Com o título “Guardiões da floresta”, a postagem alcançou mais de um milhão de visualizações, murado de 4 milénio compartilhamentos e mais de 700 comentários.
Muita gente se mostrou indignada com a cena. “Não pense que as ONGs não sabem disso”, escreveu um seguidor. “Se tem gente para comprar, tem índio para vender”, emendou outro.
Índios vendem tartaruga em terreiro pública
Não é incomum ouvir denúncias de indígenas envolvidos no contrabando de animais para venda. Um exemplo disso foi em 2015, quando a polícia flagrou indígenas da etnia Karajá comercializando tartarugas em uma terreiro localizada às margens do Rio Araguaia, na cidade de Santa Terezinha, que fica a 1.329 km de intervalo de Cuiabá (MT).
“GUARDIÕES DA FLORESTA”
Os arrastões pela floresta, com longas filas de indígenas, para a conquista de jabutis, é indumento insistentemente relatado por quem vive na Amazônia próximo a reservas indígenas. Agora está filmado… pic.twitter.com/t2pPLIEFiR
— Fernao Lara Mesquita (@fernaolmesquita) November 8, 2024
Manadeira/Créditos: Contra Fatos
Créditos (Imagem de capote): Divulgação