O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira (11) a geração do Congresso Internacional Antifascista. O organização vai reunir movimentos, lideranças e intelectuais que buscam combater o progresso do fascismo e da extrema direita no mundo. O evento terá uma vez que sede a cidade de Caracas.
A enunciação de Maduro foi feita no fechamento do “Congresso Mundial contra o Fascismo, Neofascismo e expressões similares”. Segundo o presidente, a Venezuela se tornou o “epicentro” dos ataques imperialistas estadunidenses e o congresso terá a função de organizar movimentos ao volta do mundo para combater isso.
“A Venezuela é o epicentro da agressão multiforme do predomínio norte-americano. Existem zonas de conflito no mundo, mas a agressão mais preparada hoje, para tentar mudar o processo geopolítico da região e tentar influenciar o processo de emergência do novo mundo, é a Venezuela. O fascismo na Venezuela nunca chegará ao poder político. Não tem jeito”, afirmou.
Ele também denunciou o que chamou de “operação multinacional” contra o país durante as eleições. De tratado com Maduro, o governo dos EUA usou a Sucursal de Lucidez (CIA) e o Departamento Antidrogas (DEA) para riscar uma política que usaria o processo eleitoral que marcou a reeleição de Nicolás Maduro.
O presidente disse que essa pronunciação foi feita ao mesmo tempo em que o governo venezuelano negociava com os Estados Unidos a retomada do negócio e do diálogo entre os dois países. Essa novidade rodada de negociações começou em julho. “Cada vez que fomos negociar tivemos uma abordagem muito clara de que os EUA tinham de levantar todas as sanções criminais contra o povo”, afirmou Maduro.
Ainda neste sentido, o mandatário afirmou que os Estados Unidos não cumpriram os acordos estabelecidos para derrubar algumas das sanções, um tanto que teria sido combinado na quadra. Na ocasião, a Venezuela divulgou que os dois países concordaram em manter as comunicações “de maneira respeitosa e construtiva” e se mostraram dispostos a “trabalhar em conjunto para lucrar crédito e melhorar as relações”.
A vice-presidente, Delcy Rodríguez, afirmou que para entender o fascismo é preciso discutir uma vez que o capitalismo se desenvolveu e se reconfigurou ao longo do tempo, além de compreender a sua crise enquanto sistema. Ela também levantou a participação dos EUA na expansão do fascismo e uma vez que isso transformou a disposição das forças políticas no tabuleiro da geopolítica global.
O Congresso contra o Fascismo foi realizado nos dias 10 e 11 de setembro na capital venezuelana e reuniu movimentos de diferentes regiões do mundo.
Edição: Rodrigo Durão Coelho
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