O petróleo e o gás são “presentes de Deus” e os países que possuem estes combustíveis não devem ser culpados, afirmou nesta terça-feira (12) o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, ao receber quase 75 líderes mundiais na COP29, a reunião de cúpula do clima.
Os países pobres, que constituem a maioria na 29ª conferência do clima, não devem deixar a reunião com as mãos vazias, declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Os dois discursos, que se sucederam na tribuna da COP29, refletiram o grande contraste sobre a atitude em relação aos recursos naturais que divide a comunidade internacional.
“O petróleo, o gás, o vento, o sol, o ouro, a prata, o cobre, todos (…) são recursos naturais e não se deve culpar os países por tê-los, nem por levar esses recursos ao mercado, porque o mercado precisa deles”, disse Aliyev.
“Podem me reportar quando eu digo que é um presente de Deus. Quero repetir hoje, diante desta plateia”, declarou.
Embora os climatologistas e ecologistas insistam que os hidrocarbonetos são incompatíveis com a luta contra a mudança climática, Aliyev recordou que a própria União Europeia (UE) pediu há dois anos que o Azerbaijão duplicasse as exportações de gás.
“Eles nos pediram ajuda e dissemos que sim, que ajudaríamos a Europa com sua segurança energética”, recordou.
Financiamento climatológico
Guterres discursou em seguida o presidente anfitrião e destacou o objetivo principal da COP29, que reúne quase 53.000 participantes: um conciliação sobre um novo financiamento para a luta climática.
Atualmente, os países industrializados, que se desenvolveram graças às energias fósseis, fornecem na forma de empréstimos e ajudas, de maneira bilateral ou através de instituições internacionais, pouco mais de 100 bilhões de dólares (575 bilhões de reais) por ano aos países em desenvolvimento.
O numerário serve para mitigar a mudança climática e para a adaptação às consequências dos fenômenos meteorológicos.
Os países vulneráveis e os especialistas afirmam que o valor da ajuda deve ser multiplicado em pelo menos 10 vezes.
“Os países em desenvolvimento não devem transpor de Baku com as mãos vazias. Um conciliação é indispensável”, disse Guterres.
Dificuldades
A cúpula do clima de Baku, que prosseguirá até quarta-feira, conta com a presença de unicamente alguns líderes do G20, o grupo das principais economias do mundo.
A COP29 começou na segunda-feira com dificuldades: a aprovação da agenda exigiu um dia inteiro de deliberações, mas os diplomatas do clima conseguiram ratificar regras para organizar o mercado de carbono, um tema que estava suspenso há quase uma dez.
A reunião de Baku quase coincide com o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que acontecerá em Lima de 14 a 16 de novembro, com as presenças dos presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.
A COP29 tem ausências notáveis, uma vez que o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o presidente francesismo Emmanuel Macron, o chanceler boche Olaf Scholz e o presidente brasílio Luiz Inácio Lula da Silva.
Recorde de temperatura
Nos Estados Unidos, o presidente eleito Donald Trump é um dito cético das mudanças climáticas, um patrono das energias fósseis uma vez que secção das fontes de fornecimento do país, sem menosprezar as fontes de virilidade limpa.
O exposição é similar ao de outros países produtores de petróleo, incluindo o Brasil.
O Azerbaijão é o segundo país rico em hidrocarbonetos a receber uma COP, depois dos Emirados Árabes Unidos no ano pretérito.
Porém, uma vez que líder da maior potência mundial, Trump vai mais longe e é hostil ao grande Congraçamento de Paris de 2015, que estabeleceu as bases para as atuais negociações climáticas.
Os Estados Unidos já abandonaram brevemente o conciliação, durante a primeira presidência de Trump.
O mundo está a caminho de espancar seu recorde de temperatura média em 2024, uma vez que aconteceu no ano pretérito.
Um dos pilares do Congraçamento de Paris é fazer com que o aumento da temperatura média do planeta não supere +1,5ºC, um tanto que acontecerá pela primeira vez leste ano, segundo o observatório europeu do clima Copernicus.
E, ao mesmo tempo, o mundo não diminui o consumo de energias de origem fóssil (carvão, petróleo, gás), que são as que garantem mais segurança e rapidez de esbraseamento, às custas da poluição e da emissão de gases do efeito estufa.