Um avião com 62 pessoas caiu em um condomínio residencial em Vinhedo, interno de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (9). Não há sobreviventes, segundo a prefeitura da cidade.
Segundo a Voepass Linhas Aéreas, companhia responsável pelo voo, os 58 passageiros e quatro tripulantes viajavam em um avião turboélice de passageiros, padrão ATR-72, que saiu de Cascavel (PR) às 11h58 com tramontana a Guarulhos (SP).
Passageiros que perderam o voo acabaram sobrevivendo ao acidente airado. É o caso de Adriano de Assis, que confundiu as companhias aéreas e não embarcou no avião.
“Eu cheguei cá às 9h40 e a Latam estava fechada. Quando eu cheguei fiquei esperando para ver se abria, normalmente o aeroporto sempre tem alguém no guichê, mas não tinha ninguém. Esperei e o microfone não falou zero”, disse Adriano, em entrevista ao Jornal do Almoço.
“Quando desci, fiquei esperando, quando deu 10h41, discuti com ele [funcionário], ele salvou minha vida. Ele fez o trabalho dele”, acrescentou.
Adriano ainda relatou que depois não conseguir embarcar ficou goro e comentou que deveria ser uma mediação do Senhor.
“Eu disse: ‘Deve ser livramento de Deus, porque o avião pode tombar’. Falei isso no momento da raiva”, revelou.
“Agradeci a Deus”
Com outro passageiro, que não foi identificado, aconteceu o mesmo: ele acabou perdendo o voo e escapou do acidente.
“Me disseram: ‘Rapaz, você não entra nesse avião, porque já passou do limite do embarque’. Eu botei até um pressãozinha: ‘Moço, me coloca nesse avião, eu tenho que ir’. Aí ele falou: ‘Não tem porquê, o que eu posso fazer é remarcar sua passagem’”, contou.
Depois de saber do acidente em Vinhedos, o varão louvou a Deus pela proteção. “Agradeci a Deus, me deu uma emoção tão grande, estou cá tremendo”, contou ele, ao Jornal do Almoço.
Luiz Augusto de Oliveira, o possuinte do terreno onde o avião caiu, relatou que estava em vivenda quando tudo aconteceu.
“Foi um estrondo só. Quando eu abri a porta da vivenda, um lume enorme estava entrando pela residência. Aí nós saímos e falamos ‘vamos trespassar rápido, vamos trespassar rápido’. O vizinho ajudou, e graças a Deus, o piloto, em cima de toda a tragédia, ele conseguiu colocar a aeroplano de uma maneira que não feriu ninguém em solo”, disse Luiz, ao UOL.
“O choque e a tristeza é muito grande, na hora que você vê os corpos, principalmente, no terreno ali, a aeroplano e toda aquela coisa, a gente fica em pânico mesmo. Eu estou um pouco mais tranquilo porque eu não tenho o que fazer, eu tenho que agradecer só, né? E rezar pelas pessoas que, infelizmente, não tiveram a felicidade que nós tivemos [de sobreviver]”, concluiu.
A Sucursal Vernáculo de Aviação Social (Anac) lamentou o acidente e disse que vai monitorar a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares. A Polícia Federalista instaurou um interrogatório para investigar as causas do acidente.
Manadeira: Guia-me com informações de UOL e G1
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