O mês de agosto de 2024 entrou para a história uma vez que um dos mais devastadores para o meio envolvente no Brasil, com uma superfície de 110 milénio km² queimada em todos os biomas, segundo dados divulgados pelo Programa de Queimadas do INPE (Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais). Esse é o terceiro pior resultado desde o início das medições, em 2003, ficando detrás unicamente dos números registrados em agosto de 2007 e 2010.
Para entender a dimensão da ruína, a superfície devastada é maior que a soma dos territórios de quatro estados brasileiros: Província Federalista (5.760 km²), Sergipe (21.925 km²), Alagoas (27.848 km²) e Rio de Janeiro (43.750 km²).
Nos primeiros oito meses de 2024, o totalidade de superfície queimada no Brasil chegou a 224 milénio km², com metade dessa ruína concentrada unicamente em agosto. Aliás, o Condensado foi o bioma mais afetado no período. A tábua a seguir mostra os meses de agosto com as maiores áreas queimadas desde 2003:
Ano | Espaço Queimada (km²) |
---|---|
2010 | 132.715 |
2007 | 120.412 |
2024 | 110.704 |
2005 | 109.927 |
2012 | 85.992 |
Além da grande superfície queimada, agosto de 2024 também se destacou pelo número de focos de calor, com 68.635 incêndios, o maior número desde 2010. Esses focos não diferenciam o tamanho dos incêndios, mas indicam uma tendência crescente de queimadas.
O Condensado foi o bioma mais afetado, seguido pela Amazônia. A tábua aquém apresenta a superfície queimada em cada bioma em agosto de 2024: (Foto: Ag. Brasil; Natividade: UOL)
Bioma | Espaço Queimada (km²) |
---|---|
Condensado | 49.070 |
Amazônia | 36.022 |
Mata Atlântica | 11.945 |
Pantanal | 8.640 |
Caatinga | 4.870 |
Pampa | 157 |
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