A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, superando a vice-presidente Kamala Harris com ampla vantagem, desencadeou uma novidade vaga de exalo entre os conservadores ao volta do mundo. Em menos de uma semana em seguida ocupar não exclusivamente a Moradia Branca, mas também asseverar controle no Congresso e solidificar uma maioria no judiciário, a direita americana vê sinais de fôlego renovado, que ecoam também no Brasil.
A reeleição de Trump veio com uma vitória sólida no Escola Eleitoral, acumulando 312 delegados contra os 226 obtidos por Harris. O republicano também obteve uma vitória robusta no voto popular, além de ter submetido os sete estados-pêndulo, cenário que se desenhou já na madrugada da quarta-feira (6), poucas horas em seguida o pleito. No entanto, foi com a confirmação do resultado no Arizona, neste domingo (10), que os 312 delegados foram oficialmente contabilizados, consolidando sua vitória.
No Brasil, a repercussão não tardou. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda que inelegível em seguida decisão do Supremo Tribunal Federalista (STF) devido às suas críticas ao sistema eleitoral, foi impulsionado pela vitória de Trump. A base bolsonarista, juntamente com aliados no Congresso, já intensifica a pressão por uma anistia que pode virar sua ineligibilidade. O movimento visa permitir que Bolsonaro possa, a partir disso, voltar a disputar eleições.
Espaço na grande mídia
Nesta segunda-feira (11), a Folha de S.Paulo abriu espaço para que Bolsonaro publique artigos de opinião tanto no formato do dedo quanto no impresso. No primeiro texto publicado, Bolsonaro defendeu a influência do regime democrático e pediu que seus opositores demonstrem reverência à democracia não exclusivamente em palavras, mas sobretudo em ações concretas.
No item, o ex-presidente engrandece a vitória de candidatos de direita em países porquê Brasil, Argentina e Estados Unidos porquê um sinal de que os eleitores estão optando por valores porquê ordem, desenvolvimento, liberdade econômica e reverência às tradições familiares. “Nos lugares onde o povo tem sido chamado a opinar, a maioria escolhe a ordem, o progresso, a liberdade de sentença e o patriotismo”, escreveu Bolsonaro.
Bolsonaro não poupou críticas à esquerda, acusando-a de ser “mal perdedora” e de ter dificuldades em admitir os resultados democráticos quando não lhe são favoráveis. Ao longo do texto, ele afirma que, onde verosímil, a esquerda recorre a fraudes, mencionando a Venezuela porquê exemplo. Quanto aos Estados Unidos, Bolsonaro ironizou o lamento dos progressistas diante do retorno de Trump ao poder, sugerindo que a esquerda só aceita a democracia quando é profíquo para seus interesses.