Começa nesta segunda-feira (11) a Mostra Ambiental de Cinema do Recife (Maré), que levante ano tem sessões no Teatro do Parque, no Cinema da UFPE e nos bares Super 8 e Arrecadação do Campo. No Recife, a mostra tem 13 sessões gratuitas até sábado (16) e há 19 filmes disponíveis no site da mostra. O evento também tem oficinas presenciais e seminários online. Levante ano a Maré contará com atividades na cidade do Porto, em Portugal.
A primeira exibição, que marca a franqueza solene da Maré, acontece nesta terça (12), no Teatro do Parque, bairro da Boa Vista. A cerimônia começa às 19h e o primeiro filme é o pernambucano “Quatro Pontes”, um média metragem ficcional de Tábata Morais. Às 20h será exibido o longa “A Queda do Firmamento”, documentário de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro abordando a perspectiva de vida e mundo do povo Yanomami, tratando de temas uma vez que as epidemias, o mina, resguardo do território e o xamanismo. O longa se inspira no livro de mesmo nome assinado por Davi Kopenawa e Bruce Albert.
Na quarta-feira (13), também no Teatro do Parque, acontecem as exibições do média metragem sítio “Meu Lugar no Mundo”, do Coletivo Erê Sankofa; seguido do documentário “Chuva Capital”, em que o diretor pernambucano Marcelo Pedroso apresenta os problema de crise hídrica em Brasília (DF), meio do poder político do país. O filme expõe uma vez que os projetos de cidades da modernidade conflitam com o chegada democrático a chuva.
Na quinta (14), a Maré chega à zona oeste do Recife, com uma sessão no Cinema da UFPE, na Cidade Universitária. Às 15h há uma atividade de franqueza, seguida por uma sessão (15h30) do premiado curta de animação “A Moçoila e o Pote”, da diretora e multiartista Valentina Varão. Às 16h será exibido o longa “A transformação de Canuto”, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto Roble, sobre a resistência cultural do povo Guarani-Kaiowá. Antes, às 14h, também no Cine UFPE, acontece o lançamento do livro “Capitalismo e Sustentabilidade”, de Theófilo Rodrigues.
Na sexta-feira (15), as atividades da Mostra Ambiental chegam à rua Mamede Simões, em Santo Amaro, com a exibição de cinco curtas na sessão “Povos e Territórios”. A partir das 18h30 o público assiste a “Serra da Inveja” (de Bruna Leite, Henrique Lapa e Ioanna Pappou), “Entre o rio e a terreiro” (de Paulo Pontes), “Narativas históricas: povos Xukuru do Ororubá” (de Diego Xukuru e Eduardo Xukuru), “Caboc’Urbano: queima no canavial” (de Jota Carmo) e “Ribeiro do Ouro: oralidade e memória”, de Omiyalê Araújo.
No sábado (16), a sessão de “fecho” da Maré acontece no Arrecadação do Campo, no bairro de Santo Antônio. Às 19h30 será exibido “Mulheres na Conservação”, média metragem de Paulina Chamorro; e às 20h há a sessão do longa “O Sonho de Pepe”, em que o diretor uruguaio Pablo Trobo, apresenta um olhar íntimo do cotidiano e a filosofia de vida de José Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai. As filmagens começam em 2009, ainda durante a campanha presidencial vitoriosa de Mujica, sua vida simples durante os anos de governo e sua perspectiva sobre meio envolvente justiça social. Em seguida a sessão está prevista uma sarau de fecho comandada pelo DJ Lupe.
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Há ainda 19 filmes ficam disponíveis na plataforma “Maré Play”, oportunidade a todos os interessados. O coordenador da 9ª Mostra Ambiental de Cinema do Recife, Rafael Buda, comemora que um evento nascido para debater questões da capital pernambucana tenha conseguido, nesta edição, levar o debate para o outro lado do Atlântico. “A Maré nasceu no Recife com o propósito de trazer à tona questões urgentes para a nossa cidade. Hoje essa teoria alcança dois continentes e mobiliza diferentes públicos. Isso é uma vitória do cinema ambiental”, celebra.
Oficinas – A programação da Maré também conta, desta segunda (11) à quinta-feira (14), com oficinas abertas ao público nos equipamentos municipais Compaz Leda Alves (no Pina) e Compaz Dom Hélder (Ilhota de Joana Bezerra/Coque). No Pina acontecem quatro dias da oficina “Da verso ao vídeo”, facilitada por Eva Jofilsan; enquanto em Joana Bezerra a oficina é “O mundo e o minuto”, facilitada por Camila Promanação. As atividades acontecem sempre das 9h às 12h. As inscrições são gratuitas.
Seminário – Também na programação da Mostra Ambiental estão três dias de seminário online, entre a terça-feira (19) e a quinta (21), no ducto da Mostra Maré no Youtube (clique cá) e do Instituto Toró (cá). Os temas debatidos são “Ecossistemas e Biodiversidades: Mar de plástico” (dia 19), “Povos e Territórios: proteção ambiental e direitos culturais” (dia 20) e “Cidades e conflitos: construindo cidades sustentáveis” (dia 21).
Portugal
Entre os dias 24 e 26 de novembro também acontecem atividades da Maré na Cidade do Porto, Portugal. Para o dia 24 está previsto um workshop sobre técnicas e história do cinema de animação e suas potencialidades na ensino ambiental, além de uma sessão de “Mulheres na Conservação”. No dia 25 há sessões de “Tempo de Chuva” e do pernambucano “Sekhdese” (de Alice Gouveia e Graciela Guarani). No dia 26 a sessão é de “Marginal” (de Alex Miranda).
A 9ª Mostra Ambiental de Cinema do Recife (Maré) é realizada pela “Bonsucesso Cultura e Informação”, com patrocínio da Caixa Econômica Federalista e incentivos com recursos públicos federais de Lei Aldir Blanc, viabilizados pela Prefeitura do Recife através da Instauração de Cultura da Cidade do Recife. Secção das atividades são produzidas pela Asaga Audiovisual, pelo Instituto Toró, pela Experimento Produções e pela Lupe Cria.
As atividades têm ainda apoios institucionais da Rede Compaz Recife, da Escritório Estadual de Meio Envolvente (CPRH) e da Secretaria de Meio Envolvente de Pernambuco (Semas), da Governo da ilhéu de Fernando de Noronha, do Instituto de Espeque da Universidade de Pernambuco (IAUPE), do Programa dos Comitês de Cultura em Pernambuco, do Arrecadação do Campo Recife, do Instituto Porto-Brasil e da Asa Branca Turismo e Receptivo.
Natividade: BdF Pernambuco
Edição: Vinícius Sobreira