Um fotógrafo precisou ser internado posteriormente a baderna de torcedores do Atlético-MG na Estádio MRV, durante a final da Despensa do Brasil, vencida pelo Flamengo. Durante a comemoração do gol de Gonzalo Plata e ao final da partida, atleticanos jogaram copos, rojões e até invadiram o gramado. Um dos artefatos explodiu sob o pé de Nuremberg José Maria, que trabalhava fotografando a partida. Em nota, o clube mineiro afirma que vai colaborar com as investigações.
Segundo a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG), Nuremberg fraturou três dedos, além de ter rompido tendões e sofrido um golpe o pé. A entidade informou que ele foi socorrido e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia. O Estadão entrou em contato com o hospital, mas ainda não obteve resposta sobre o quadro de saúde do fotógrafo.
“A Arfoc-MG já havia relatado problemas desta natureza para a governo da Estádio MRV. Foi contratado que medidas de segurança seriam implementadas. Mas, se foram, não são suficientes”, criticou a entidade, em nota. “A Arfoc-MG presta solidariedade a todos os seus associados e demais profissionais de prelo atingidos pelos atos violentos promovidos por vândalos travestidos de torcedores do Atlético-MG e serpente da Estádio MRV e do Atlético-MG medidas que assegurem e preservem a integridade física de seus associados, muito porquê de seus equipamentos”, finaliza.
Publicidade
O clube mineiro publicou uma nota em que firma compromisso para que casos porquê deste domingo não se repitam. “A reverência dos incidentes ocorridos na Estádio MRV durante a disputa da final da Despensa Do Brasil, o Atlético vai colaborar com as autoridades para identificar os infratores”, escreveu. A Federação Mineira de Futebol (FMF) se solidarizou com Nuremberg e desejou recuperação ao fotógrafo.
Segundo a súmula do avaliador Raphael Claus, bombas foram arremessadas em direção ao gramado por quatro vezes: aos 9, aos 49, aos 50 e aos 52 minutos de jogo. Claus também relatou arremessos de copos aos 6, aos 45, aos 51 e aos 82 minutos da partida. Todos vieram da torcida mandante, disse o juiz.
Claus também registrou duas ocorrências de lasers que tentavam prejudicar a visão de Rossi, goleiro do Flamengo. Outrossim, houve paralisação de sete minutos posteriormente o gol do Flamengo, por justificação de objetos jogados nos jogadores. Foi nesse momento em que um torcedor invadiu o gramado.
Uma novidade tentativa de invasão foi relatada pelo avaliador. Ela aconteceu instantes antes a premiação. Seguranças privados e agentes da Polícia Militar, inclusive com uso de gás de pimenta, contiveram os invasores.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pode punir o Atlético-MG em caso de julgamento. O item 213 do Código Brasílio de Justiça Desportiva (CBJD), prevê pena de multa de R$ 100 a R$ 100 milénio para o lançadura de objetos no campo.
Ainda conforme a legislação, quando o caso for entendido porquê uma situação de “elevada seriedade” ou prejudicar o curso da partida, o clube pode tolerar perda de mando de campo de uma a dez partidas.
Entretanto, o mesmo item do CBJD prevê isenção de responsabilidade do mandante se houver identificação e detenção dos autores do lançamento de objetos. “Sendo também admissíveis outros meios de prova suficientes para provar a inexistência de responsabilidade (do clube)”, diz o terceiro parágrafo do item 213.
Natividade/Créditos: Terreno
Créditos (Imagem de capote): Foto: NAYRA HALM/FOTOARENA / Estadão