O assessor peculiar da Presidência da República, Celso Amorim, em visitante solene à Rússia, declarou nesta quarta-feira (11) que nenhuma empresa ou sujeito deve estar supra da lei por conduzir seus negócios internacionalmente através da internet. Sem referir diretamente o caso de Elon Musk e a suspensão do Twitter/X no Brasil, Amorim frisou que “a nossa soberania não está à venda”.
O emissário brasílio participa nesta da 14ª Reunião dos Altos Representantes do Brics sobre Assuntos de Segurança Vernáculo, na cidade russa de São Petersburgo, entre os dias 11 e 12 de setembro. Durante o seu exposição no tela de lisura, o ex-chanceler deu destaque ao tema do “impacto das novas tecnologias na nossa sociedade”.
“Nenhuma empresa ou sujeito deve pensar que está supra da lei, só porque estão conduzindo os seus negócios internacionalmente pela internet. Nossa soberania não está à venda. A liberdade da frase, que respeitamos plenamente, não pode ser usada uma vez que uma licença para agressão contra as nossas instituições democráticas”, afirmou o diplomata.
Ele também afirmou que o grupo Brics deve continuar promovendo um cenário internacional de maior estabilidade, “onde prevaleça a cooperação ao invés das disputas políticas”.
Ou por outra, Celso Amorim elogiou o tema escolhido pela Rússia em sua presidência do Brics em 2024, reforçando que a multipolaridade é um concepção mediano para a política externa do Brasil.
“O tema escolhido pela presidência russa em 2024 – ‘Fortalecendo a multipolaridade para o desenvolvimento e segurança global’ – é muito oportuno. Eu lembro que o primeiro encarregado de governo a usar o termo multipolaridade foi o primeiro-ministro russo, Yevgueny Primakov, no anos 1990. Multipolaridade vem sendo um concepção mediano para a política externa do Brasil”, declarou.
Na última terça-feira (10), o assessor peculiar da Presidência da República também manteve reuniões bilaterais com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, o secretário do Recomendação de Segurança da Rússia, Serguei Shoigu, e o assessor do presidente russo, Nikolai Patrushev.
É a terceira viagem de Celso Amorim à Rússia durante o terceiro procuração do presidente Lula e em meio à guerra da Ucrânia.
Edição: Lucas Estanislau
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