Em meio à vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, os americanos residentes na Califórnia — Estado tradicionalmente “progressista” — também decidiram sobre outras 10 medidas políticas.
Entre as propostas aprovadas, está o projeto que volta considerar uma vez que graves crimes não violentos, uma vez que rapina em lojas.
O movimento vai na direção oposta das mudanças na legislação do Estado nos últimos anos, que facilitaram a vida de criminosos de todo o tipo.
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Outrossim, com a pandemia, o governo estadual e os promotores do Estado resolveram esvaziar ainda mais os presídios. O uso de drogas ficou praticamente liberado.
Mas, números mostram que essas mudanças não foram benéficas para os californianos. Em 2020, houve um salto de 31% no totalidade de homicídios na Califórnia. Em 2021, as estatísticas foram ainda mais alarmantes. E, proporcionalmente, 2022 ficou ainda pior que o ano anterior.
Frustrados com os crimes desenfreados, principalmente no varejo, os eleitores aprovaram uma a chamada “Proposta 36”, que volta a tornar violação para reincidentes o rapina em lojas.
A medida também aumenta as penalidades para casos que envolvem drogas — incluindo o opioide sintético fentanil — e dá aos juízes a poder para ordenar que pessoas com reincidência recebam tratamento.
Furtos em tamanho são comuns na Califórnia
É difícil numerar a quantidade de furtos em lojas na Califórnia devido à falta de dados. No entanto, é generalidade encontrar na internet vídeos de grandes grupos de pessoas roubando lojas em plena luz do dia.
Os proponentes disseram que a iniciativa é necessária para fechar brechas legais que dificultam a punição de ladrões de lojas e traficantes pelas autoridades policiais.
“Esta é uma mensagem retumbante de que os californianos estão prontos para ter comunidades mais seguras”, afirmou a copresidente da coalizão, Anne Marie Schubert, que apoia a medida.
Mesmo assim, ainda há quem discorde da medida. Figuras da oposição, que incluem líderes estaduais democratas e grupos de justiça social, disseram que a medida vai dar aval para prender “desproporcionalmente pessoas pobres e aquelas com problemas de uso de substâncias, em vez de mirar em líderes que contratam grandes grupos de pessoas para roubar produtos para revenda online”.
Manadeira/Créditos: Revista Oeste