A principal bandeira de campanha do vereador recém eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de São Leopoldo (RS), Anderson Etter, foi tarifa de reunião na terça-feira (8), dois dias depois as eleições. A tarifa zero no transporte coletivo foi discutida com os empresários das quatro empresas que compõem o Consórcio Operacional Leopoldense (Coleo): Viação Feitoria, Viação Leopoldense, Viação Sinoscap e Empresa de Transporte Sete de Setembro.
A reunião gerou aproximação aos cálculos tarifários, demandas de usuários, necessidades atuais, contrato com gestão pública, informações essenciais para o estudo da melhor opção para implementação do programa.
“Vamos formar uma frente parlamentar e erigir uma legislação que crie o Fundo Municipal de Mobilidade Urbana. Assim, depois dialogar com todos os setores envolvidos, iremos viabilizar um protótipo de financiamento do transporte coletivo que contemple as necessidades dos usuários, empresários, poder público e meio envolvente”, ressalta Etter.
A iniciativa de implementar a gratuidade no transporte coletivo leopoldense já havia motivado a realização de seminário em julho. O vereador eleito recorda que a tarifa integra o Projecto Lugar de Ação Climática, formado por 43 ações, dentre as quais a tarifa zero.
“Trabalhamos esse tema quando estive avante da Secretaria de Meio Envolvente e segue sendo minha prioridade agora e, depois, porquê parlamentar, a partir da posse em janeiro”, declara.
Conforme o presidente do Coleo, Marco Zang, da Viação Leopoldense, o serviço de transporte só será prestado de forma eficiente se houver estabilidade econômico, daí a relevância de mudar o protótipo de financiamento.
Aliás, ele sugere um programa que contemple a renovação acelerada da frota de ônibus para modelos menos poluentes, visando a descarbonização – uma prioridade planetária, em face do aquecimento global.
Participaram também da reunião a secretária de Meio Envolvente, Jussara Lanfermann, e o coordenador do Observatório Municipal de Mudanças Climáticas, Everson Gardel Melo. Para ele, é importante que a cidade tenha esse olhar e investimentos para a redução de carbono.
“Queremos continuar num tratado setorial do transporte coletivo urbano para a redução de emissão de gases de efeito estufa de maneira permanente, a partir da modernização da frota de veículos”, diz.
Círculo vicioso
Quando o passageiro paga a conta, existe um círculo vicioso, explicado pelos empresários. A tarifa face diminui o número de passageiros. Com a subtracção de passageiros, existe menos recursos para o sistema de transporte.
Menos recursos acarreta em piora na qualidade de serviço, o que gera transmigração para outros tipos de transporte, ou imobilidade, resultando em prejuízo para o sistema de transporte e, consequentemente, acarretando em pressão por aumento tarifário.
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