Os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de São Paulo publicaram editoriais criticando a política econômica do governo Lula (PT) e acusando-o de produzir inflação ao aumentar os gastos sem pensar nas consequências.
Com o título de Risco de inflação com incremento pífio pela frente, a Folha diz que a ” persistente subida da inflação, mesmo diante de juros escorchantes, é sinal evidente de que a política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é insustentável e precisa de ajuste urgente”.
O editorial – que traz a visão do próprio jornal sobre o ponto, declara que a resistência de Lula e do PT em encarar um ajuste do orçamento se dá porque eles “continuam presos ao populismo” e à teoria de que “gasto público é caminho para prosperidade”.
Enquanto o governo não faz o que precisa ser feito, a população sofre com subida da inflação acumulada em 12 meses para 4,76% e com a subida elevada do dólar nos últimos dias.
– Além de choques conjunturais, a pressão maior sobre os preços é umbilicalmente ligada ao excesso de gastos do governo, que impulsiona a demanda além da capacidade produtiva e fragiliza as contas do Tesouro Pátrio – diz secção do cláusula.
O Estadão, por sua vez, publicou o cláusula com o título Inflação mais subida e mais disseminada, também citando os resultados levados em conta pelo Banco Mediano, porquê a apuração do IPCA de outubro, que fez com que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentasse a taxa de juros para 11,25% ao ano.
Na visão do jornal, a inflação subida no país não depende somente de fatores externos, mas de “fatores domésticos” e “a disposição do governo em buscar e manter o estabilidade das contas públicas talvez seja o mais importante deles”.
– O governo Lula da Silva está devendo ao País o convencimento de seu compromisso com o orçamento fiscal. Mas o protraimento injustificável do pacote de cortes de gastos diz justamente o contrário, assim porquê alguns sinais despropositados emitidos pelo governo – diz secção do texto.
E, por termo, o cláusula diz:
– O comportamento dos preços está deixando evidente que não é logo que a orquestra toca. Há um espalhamento inflacionário maior e as altas já alcançam 62% dos produtos pesquisados. Se não mudar rápido de rota e entregar o prometido pacote fiscal, o governo vai colher taxas de juros ainda mais elevadas.