Estados Unidos, Reino Unificado, França e Alemanha anunciaram nesta terça-feira 10 novas sanções ao Irã, particularmente contra o setor de transporte alheado, depois acusarem a República Islâmica de ter fornecido mísseis balísticos à Rússia para serem utilizados na Ucrânia.
O encarregado da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, afirmou em uma coletiva de prelo em Londres que o Irã forneceu mísseis à Rússia para serem usados “nas próximas semanas” na Ucrânia, que enfrenta desde fevereiro de 2022 uma invasão das tropas de Moscou.
Blinken explicou, ao lado do ministro britânico das Relações Exteriores, David Lammy, que um dos principais alvos das novas sanções será a companhia aérea vernáculo Iran Air.
França, Alemanha e Reino Unificado condenaram em um expedido conjunto “a exportação por segmento do Irã e a compra de mísseis balísticos iranianos pela Rússia” e anunciaram sanções contra o setor de transporte alheado.
Os três países informaram que tomarão “medidas imediatas para cancelar acordos bilaterais de serviços aéreos” com a República Islâmica e afirmaram que a venda de armas denunciada constitui “uma novidade escalada do pedestal militar do Irã à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia“.
“Esta escalada, provocada tanto pelo Irã quanto pela Rússia, é uma ameaço direta à segurança europeia”, diz o texto.
“Vamos tentar identificar entidades significativas e indivíduos envolvidos com o programa de mísseis balísticos do Irã e a transferência de mísseis balísticos e outras armas para a Rússia”, acrescenta.
Irã rejeita acusações
O Irã rejeitou as acusações e as qualificou de “informações falsas e enganosas”.
“Não passa de uma horroroso propaganda e uma moca destinada a encobrir o alcance do pedestal armamentista massivo e proibido dos Estados Unidos e de certos países ocidentais ao genocídio na Filete de Gaza“, território palestino palco de uma guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas, acusou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, na rede social X.
Blinken afirmou que Teerã prosseguiu com as exportações de armas para a Rússia, apesar das advertências dos EUA, e garantiu que dezenas de militares russos foram treinados no Irã para operar o míssil Fath-360, que tem um alcance de 120 quilômetros.
“Havíamos informado ao Irã em pessoal que dar esse passo constituiria uma escalada dramática”, disse Blinken.
A União Europeia havia afirmado na segunda-feira que os aliados ocidentais dispunham de “informações” sobre o fornecimento de mísseis balísticos iranianos para a Rússia.
“O novo presidente e o novo ministro das Relações Exteriores do Irã declararam repetidamente que querem restabelecer o diálogo com a Europa e que desejam a redução das sanções. Ações desestabilizadoras porquê essas terão exatamente o efeito contrário”, advertiu Blinken.
Blinken e Lammy na Ucrânia
Blinken e Lammy viajarão juntos “esta semana” à Ucrânia, informou o encarregado da diplomacia britânica.
“Somos os aliados mais próximos, por isso estou seduzido que viajemos juntos, demonstrando nosso compromisso com a Ucrânia”, que enfrenta uma intensificação da ofensiva russa no leste do país, declarou.
Blinken iniciou na segunda-feira uma visitante ao Reino Unificado para compartilhar com o novo governo britânico do primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer a lei de ajudar a Ucrânia e resolver suas diferenças sobre Gaza.
A visitante antecede à de Keir Starmer à Lar Branca na sexta-feira, em sua segunda viagem a Washington desde que assumiu o poder no início de julho, depois 14 anos de governos conservadores.
O Reino Unificado é um dos principais apoios da Ucrânia, e Starmer reiterou que vai manter a posição de seus antecessores conservadores, que apoiaram firmemente Kiev na guerra contra a Rússia.
Com informações da AFP.
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