São Paulo — Proibidos de manter contato desde fevereiro pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto se abraçaram aos gritos de “mito” no final da missa de sétimo dia de falecimento da mãe do presidente vernáculo do PL nesta segunda-feira (9/12), em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
A resguardo do ex-presidente conseguiu a permissão de Moraes para o presença ao evento, sob a promessa de que ele e Valdemar não conversariam sobre as investigações em curso que apuram uma tentativa de golpe de estado.
Ao longo da cerimônia na Catedral de Sant’Ana, Bolsonaro e Valdemar sentaram no primeiro banco da igreja e ficaram separados pelo presidente da Parlamento Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado, e do deputado estadual Lucas Bove, ambos do PL. Eles não se falaram e mal se entreolhavam durante a celebração. A vereadora eleita pela capital Zoe Martinez (PL) também compareceu ao evento.
No final da cerimônia, Valdemar foi até o palco e, em fala bastante breve, agradeceu a presença do público e de Bolsonaro na cerimônia em homenagem a Leila Caran Costa. Na sequência, os dois se abraçaram rapidamente no altar antes de deixarem o sítio.
Depois da missa, Bolsonaro saiu no meio de uma pequena povaléu no entorno da igreja, que entoava gritos de “mito”, “Lula ladrão, seu lugar é na prisão” e “volta, Bolsonaro”. Ele acenou aos presentes, segurou rapidamente um bebê no pescoço antes de entrar no sege e ir embora.
Bolsonaro chegou no sítio no horário exato marcado para a cerimônia, às 18h. Ele estava escoltado, além do presidente da Alesp, do jurisperito Fábio Wajngarten, e do vice-prefeito eleito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL).
Valdemar chegou ao sítio por volta das 17h e entrou direto nas dependências da igreja, sem falar com os apoiadores.
O ex-presidente já havia sido autorizado pelo ministro a participar do velório de Leila Caran Costa na última terça-feira (3/12), mas ele não compareceu. No seu lugar, foi a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A mãe de Valdemar, que foi primeira-dama de Mogi das Cruzes, morreu aos 99 anos.
O pai do cacique do PL, Valdemar Costa Fruto foi prefeito da cidade por quatro mandatos, entre o final da dez de 1960 e o início dos anos 2000. Ele morreu em 2001, aos 77 anos.
Muro de 40 minutos antes do início da missa, um grupo de simpatizantes de Bolsonaro se aglomerava para a chegada do ex-presidente na ingresso dos fundos da igreja. Além de apoiadores, circulavam pelo sítio autoridades locais, uma vez que o ex-prefeito e ex-deputado federalista Marco Bertaiolii, atualmente mentor do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“Hoje é o momento de prestarmos uma homenagem à Dona Leila. Ela que foi uma das maiores presidentes do Fundo Social da cidade. A história de vida dela se confunde com a própria história de Mogi das Cruzes. É um exemplo para todos nós”, afirmou Bertaiolii.
A prefeita eleita de Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli, que é do PL, também estava presente. Ela é esposa de Marco Bertaiolii.
– Missa 7° Dia.
– Sra Leila Caran Costa.
– Mãe do Pres PL Valdemar.
– Catedral de Sant’Ana.
– Mogi das Cruzes/SP.
– 09/Dez 18/19h.
– Jair Bolsonaro. pic.twitter.com/5OJgWA5HzS— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 9, 2024