Além das dezenas de milhares de mortes causadas na Filete de Gaza, os bombardeios israelenses contra a região deixam os sobreviventes expostos a uma substância que tem o potencial de multiplicar o número de mortes na região nos próximos anos: o asbesto.
Presente em grande segmento das estruturas de Gaza, esse mineral é altamente cancerígeno quando disperso e liberado na atmosfera.
“É considerada uma ligamento extremamente cancerígena, dependendo do tamanho, da aspiração e da quantidade pode gerar sérias complicações. É um resultado cancerígeno, portanto pode dar um cancro de pulmão e pode dar um cancro na pleura chamado mesotelioma, totalmente relacionado à exposição a essa ligamento”, explica ao Brasil de Roupa o pneumologista Walter Costa da Uerj.
Ao destruir as edificações da região, os bombardeios de Israel fazem com que grandes quantidades de asbesto sejam transportadas pelo ar em minúsculas partículas, que são inaladas pela população. De harmonia com estimativas das Nações Unidas, murado de 800 milénio toneladas de escombros bombardeados em Gaza podem estar contaminados com asbesto.
“Em cada prédio que se derruba a quantidade de asbesto é significativa porque tem nas telhas, tem nas fibras ocasionadas nas construções. E isso indiscutivelmente vai gerar um impacto não só dentro dessa período inicial, mas principalmente no decurso dos anos pessoas que estão convivendo nessa situação de exposição a essas micropartículas.”
Para efeito de verificação, especialistas ouvidos pela rede Al Jazeera citam o número de mortes causadas pela liberação de asbesto em seguida a explosão das torres gêmeas em 11 de setembro de 2001 – por ter sido um dos únicos incidentes em que foi verosímil estudar a exposição ao asbesto em seguida uma explosão.
De harmonia com o World Trade Center Health Program, 4.343 sobreviventes e socorristas morreram de doenças relacionadas desde o ataque, em verificação com as 2.974 pessoas que morreram em 11 de setembro.
Em 2016, o Programa das Nações Unidas para o Meio Envolvente (Pnuma) afirmou que a exposição ocupacional ao asbesto havia causado murado de 209.481 mortes – mais de 70% de todas as mortes por cânceres relacionados ao trabalho.
O asbesto foi amplamente utilizado na construção social até o final da dez de 1980, quando países do mundo todo, inclusive Israel, começaram a introduzir restrições. Israel proibiu totalmente o uso de asbesto em construções em 2011.
Desde o início de seu massacre contra o enclave sitiado, Israel tem bombardeado rotineiramente os campos de refugiados de Gaza, onde, segundo o Pnuma disse à Al Jazeera, o asbesto foi encontrado “nos prédios mais antigos e nos galpões e extensões temporários nos campos de refugiados”.
Em 2009, o Pnuma afirmou ter encontrado um dos tipos mais perigosos de asbesto, o asbesto azul (crocidolita), nos mesmos prédios e galpões danificados nos campos de refugiados de Gaza, muito uma vez que em tubulações de esgoto, estações de tratamento e instalações para animais.
*Com Al Jazeera
Edição: Rodrigo Durão Coelho
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