A vitória de Donald Trump cravou o que muitos consideram uma guia amarga para os democratas de Kamala Harris, que perderam tanto nos votos de colégios eleitorais quanto no populacional.
Durante os meses de campanha nas eleições dos EUA em 2024, o partido democrata sustentou uma verosímil eleição de Kamala sob o argumento de que a ex-procuradora seria uma melhor opção diante do magnata, ou a verdadeira oposição política contra o oração anti-minoria de Trump; sem, no entanto, apresentar dados ou propostas concretas.
Analistas, ativistas e políticos estadunidenses culpam o próprio partido democrata pela guia de viradela, que garantiu a Trump 295 colégios eleitorais, contra somente 226 de Harris.
Para Claudia De la Cruz, candidata à Presidência nas eleições de 2024 nos EUA pelo partido Socialismo e Libertação (PSL), a verdadeira oposição está nos partidos, candidatos e propostas socialistas do país, focados nas classes trabalhadoras e populações minoritárias.
“Trump e suas propostas de extrema direita avançaram na política estadunidense somente por motivo do fracasso dos democratas”, explica Claudia. “Os democratas são pró-guerra, pró-empresas, e os neoliberais estiveram no poder por 12 dos últimos 16 anos. Eles falharam em fazer as promessas para a classe trabalhadora do país acontecerem”, acrescenta.
Em transmitido depois o resultado eleitoral, o Partido Socialista do país apontou que a campanha de Harris se juntou à “histerismo vil, anti trabalhador e racista contra as famílias de imigrantes” de Donald Trump ao aderir à pautas da direita estadunidense, porquê as restrições à imigração e acrescenta que Harris “não fez nenhum esforço para combater os ataques demonizadores e desumanos contra os trabalhadores imigrantes”. “Essa irregularidade permitiu que a histerismo anti-imigrante crescesse e se tornasse um fator significativo no apelo demagógico de Trump”, destaca o partido.
Apesar do posicionamento francamente xenofóbico, racista, misógino de Trump, De La Cruz aponta que a resposta do republicano para a população é a mesma dos democratas em termos de projeto político e econômico: “através do capitalismo e imperialismo estadunidense. Nesta torturante democracia de bilionários, são oferecidas para as pessoas duas opções – e, dada a traição dos democratas, a população os abandonou”.
Leste movimento justificaria, também, o aumento da população arábico e negra que votou no republicano, em confrontação com as eleições de 2020. Para Claudia, é importante ressaltar que oriente aumento nos votos nestas populações minoritárias não foi o que causou a guia de Harris, mas sim “a deficiência [política] dos democratas”, que abandonaram a população.
“Continuaremos a erigir a verdadeira oposição”
Se ambos os partidos, democratas e republicanos, não têm uma postura política, econômica e social que os diferencie, qual seria, portanto, a verdadeira oposição aos dois grandes partidos estadunidenses?
Para Claudia de La Cruz, as soluções serão apresentadas pelo socialismo. Inserido nas lutas da classe trabalhadora há 20 anos, ela ressalta que o partido Socialism and Liberation seguirá trabalhando para a população minoritária e trabalhadora. “Nosso foco continuará sendo erigir um movimento independente possante da classe trabalhadora, estreitar nossas relações entre linhas históricas de repartição e lutas”.
Leste estreitamento, ela argumenta, já mostra resultados. Até a descrição desta quinta-feira (7), dois dias depois as eleições, De La Cruz recebeu 108 milénio votos, sem a descrição de Washington D.C. e dos votos escritos pelos eleitores. Nos EUA, candidatos que não aparecem nas cédulas eleitorais podem ter o nome escrito pelo sufragista, e o voto será contabilizado.
“Esse número já excede o de outras campanhas socialistas históricas realizadas [nos EUA] pelo CPUSA [Partido Comunista dos EUA] em 1932 e pelo SWP [Partido dos Trabalhadores Socialistas] em 1971”, celebra.
O porvir presidente dos Estados Unidos já afirmou, francamente, que não apoiará esta classe, e ressaltou que usará das forças armadas e do poder ao seu alcance para barrar o que ele labareda de “lunáticos da esquerda”. “Outro governo de Trump trará ataques significativos em populações historicamente marginalizadas nos EUA, incluindo os socialistas.”
A disposição trumpista contra a esquerda estadunidense, porém, não arrefece a disposição do partido. “Nós continuaremos no núcleo dos direitos dos trabalhadores, imigrantes, direitos LGBTQ+, direitos das mulheres, e tudo o que impacte a classe trabalhadora. Não podemos arcar com os custos do retrocesso, nós continuaremos a lutar. Continuaremos a erigir a verdadeira oposição à extrema direita”, finaliza De la Cruz.
Edição: Leandro Melito