Policiais que investigam a realização de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), no aeroporto internacional de Guarulhos, estão desconfiados da conduta adotada pela própria equipe que fazia a escolta do assassinado.
Os quatro seguranças teriam afirmado que o carruagem que buscaria o empresário no aeroporto quebrou no caminho. Por conta disso, somente um dos seguranças foi fazer a proteção do assassinado usando outro veículo; já os outros três seguranças ficaram onde o carruagem teria quebrado. A investigação trabalha para deslindar o que realmente aconteceu.
Porquê Gritzbach era muito visado por ter delatado práticas criminosas do PCC, um investigador disse à TV Orbe que o mais lógico teria sido eles deixarem o carruagem quebrado para trás e os quatro seguranças irem ao aeroporto buscar o varão e não três deles protegerem um suposto carruagem quebrado.
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A polícia recolheu o celular do empresário no lugar do violação, na dimensão de desembarque do Terminal 2 do aeroporto. O aparelho vai passar por perícia e pode ajudar nas apurações a partir da troca de mensagens que serão extraídas e identificadas.
Os investigadores também acreditam que Gritzbach já vinha sendo monitorado desde a saída de Goiás pois os assassinos sabiam o horário em que ele desembarcaria. A suspeita é que os matadores foram avisados do momento do desembarque para que o ataque fosse executado no momento em que ele pisasse para fora do saguão do aeroporto.
Executado entregou ao MP esquemas do PCC
Gritzbach entregou esquemas criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital) em depoimentos dados ao Ministério Público de São Paulo nos últimos meses. Ele é réu em processo em que responde por lavar moeda da partido criminosa. Ele teria atuado para lavar R$ 30 milhões em moeda proveniente do tráfico de drogas. Segundo fontes da Polícia Federalista, a maior secção dessas operações de lavagem foi feita com a compra e venda de imóveis e postos de gasolina.
Em seus depoimentos, o varão entregou esquemas do PCC, deu pistas de ilícitos cometidos pela partido e prometia entregar mais informações. Por isso, a suspeita principal no momento é de seu homicídio é uma queima de registro motivada por vingança.
Ainda segundo as investigações, Vinicius chegou a ter influência em células do PCC, porquê participação no tribunal do violação — quando se avalia se um integrante deve ou não ser assassinado por deslealdade à partido.
Porquê a realização aconteceu
O ataque ocorreu por volta de 16h. Vinícius voltava de Goiás escoltado da namorada e foi surpreendido quando deixou o Terminal 2 do aeroporto.
Além dele, outras três pessoas ficaram feridas: dois motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na lajeada do terminal. Eles foram socorridos em estado grave, segundo os investigadores.
Gritzbach chegou a ser atendido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. Os tiros de fuzil calibre 765 partiram de dois homens dentro de um veículo protótipo Gol, cor preta.
Um dos seguranças estava com o rebento de Vinícius, que chegou sozinho ao aeroporto. Segundo as investigações, o empresário tinha quatro seguranças, todos policiais militares de São Paulo. Eles foram identificados e serão interrogados, além de terem os seus celulares apreendidos.
A namorada do Vinicius foi embora antes da chegada da polícia, mas os investigadores a identificaram no prelúdios da noite e a levaram para o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), no Núcleo de São Paulo.
Pessoas próximas a Vinicius disseram informalmente aos investigadores que ele tinha conhecimento que desafetos sabiam da colaboração junto ao MP. O empresário temia pela própria vida, eles contaram.
Os quatro seguranças estavam em um carruagem a caminho do aeroporto, mas o veículo quebrou no caminho. Um dos homens seguiu com o rebento do empresário para o Terminal 2, enquanto os outros ficaram no veículo em um posto de gasolina.
Também houve um outro troada perto do Hotel Pullman, nas imediações do aeroporto.
O Ministério Público de São Paulo disse que ofereceu mais de uma vez segurança a Antônio Vinicius Lopes Gritzbach e que ele sempre recusou a proteção. A resguardo de Antônio Vinícius disse que vai esperar o termo das investigações para se manifestar. Os suspeitos seguem foragidos.
Quem era Vinícius Gritzbach
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach era corretor de imóveis no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Anos detrás ele passou a fazer negócios com Anselmo Bicheli Santa Fausta. Divulgado porquê Rostro Preta, Santa Fausta movimentava milhões de reais comprando e vendendo droga e armas para o PCC.
Rostro Preta gostava de investir o moeda do violação em imóveis, mas tinha um problema: não podia comprar em seu nome, pra não invocar a atenção das autoridades. Foi Vinicius que apareceu com a solução. Além de conseguir imóveis de tá padrão, o corretor ainda providenciava os “laranjas”, que emprestavam o nome para que Santa Fausta adquirisse os imóveis.
Há uns 5 anos, Vinícius ofereceu outro negócio a Santa Fausta: criptomoedas. De olho na suposta rentabilidade da emprego, Santa Fausta teria oferecido R$ 200 milhões para Vinícius investir. Até que, em 2021, Santa Fausta queria secção do moeda para investir na construção de um prédio e Vinícius teria começado a dar desculpas pra não entregar os valores. Os dois tiveram um discussão feia, segundo testemunhas.
Dias depois, Santa Fausta e o motorista dele foram assassinados numa emboscada no Tatuapé. Segundo o MP, Vinicius foi o mandante do violação. Ele teria mandado matar Santa Fausta pra não ter de entregar o moeda.
Manadeira/Créditos: G1
Créditos (Imagem de envoltório): Registo Pessoal