Francisco Marcos Lima Barros, réu no caso do assassínio do cultivador José Maria Fruto, o Zé Maria do Tomé, foi sentenciado a 16 anos de prisão. A sentença foi pronunciada na noite desta quarta-feira (9). A pena será cumprida, inicialmente, em regime fechado.
Líder comunitário e ativista contra a pulverização dos agrotóxicos, Zé Maria do Tomé foi assassinado na tarde de 21 de abril de 2010, posteriormente ser pego em uma emboscada no caminho para a comunidade do Sítio Tomé, onde vivia com a família, em Limoeiro do Setentrião (CE). Ele foi morto com 25 tiros.
Barros vivia na mesma comunidade que a vítima e é indiciado de ter oferecido suporte na emboscada. Em 2020, o júri popular do réu foi remarcado por tempo indeterminado, posteriormente pedido da resguardo, que alegou falta de tempo hábil para preparação para o julgamento e privação de notificação pessoal.
Outros três acusados de participar do assassínio morreram antes da desfecho do caso. Os homens apontados uma vez que autores intelectuais do violação – João Teixeira Júnior, empresário, proprietário da Frutacor Comercialização e Produção de Frutas, indiciado de autoria intelectual do violação; e José Aldair Gomes Costa, gerente da empresa Frutacor, que também seria responsável intelectual – foram despronunciados pelo Tribunal de Justiça do Ceará. A Golpe alegou falta de indícios que os conectasse ao violação.
Agora, 14 anos depois do violação, somente Barros foi sentenciado. O caso foi julgado no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza (CE).
Edição: Nicolau Soares
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