O programa Papo na Laje recebe nesta quinta-feira (7) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, duas grandes referências do cineclubismo e do audiovisual. Heraldo HB, do Mate com Angu, e Clementino Junior, idealizador do Atlântico Preto, são os convidados do incidente que estreia às 18h no ducto do programa no YouTube.
No incidente, eles explicam as transformações do cineclubismo na história. Eles surgiram uma vez que utensílio de mobilização de movimentos anarquistas e sindicatos na França antes da Segunda Guerra Mundial e depois foi retomado por intelectuais nos anos 1950 e 1960. No Brasil, o cineclube foi importante para a luta contra a ditadura, uma vez que núcleo de discussão e formação.
Para Clementino, no entanto, a principal viradela dos cineclubes foi a partir da sua democratização. “Nos anos 2000 o cineclubismo começa a ser propício pelos territórios e movimentos sociais. O quilombo, as zonas rurais, os terreiros, vários espaços onde não se pensaria um cineclube, mas acontece essa apropriação da linguagem audiovisual, com a ajuda do do dedo”, disse à apresentadora Dani Câmara.
Leia mais: Festival de Cinema Chinês começa nesta segunda-feira (4) no Rio de Janeiro
Há 16 anos, o cineasta e educador audiovisual, Clementino Junior, mantém o Cineclube Atlântico Preto (CAN). O idealizador do projeto visa exibir mensalmente o que ele denomina uma vez que “filmes da diáspora africana no mundo”, publicado uma vez que “cinema preto”. Além das sessões mensais, o CAN oferece oficinas audiovisuais que têm possibilitado a formação de novos cineastas pretas e pretos.
Mate com Angu
O tradicional cineclube Mate com Angu surgiu em 2002 depois que a exibição de um filme independente sobre o bairro Jardim Primavera, em Duque de Caxias, reuniu centenas de pessoas. O sucesso do evento chamou atenção pelo interesse da comunidade em se testemunhar na tela, e assim nasceu a teoria de produzir o cineclube.
“Vimos que a cidade tinha uma premência de se ver nas telas e colocamos essa missão de incluir o audiovisual da Baixada [Fluminense] no imaginário vernáculo. O poder de testemunhar a um filme junto e conversar depois é uma formação de verdade, uma vez que cidadão e pessoa sátira”, ressaltou Heraldo. A exibição de filmes, principalmente curtas-metragens brasileiros, logo se popularizou e virou ponto de encontro.
“Politicamente, um dos problemas graves do Brasil é que a história popular foi apagada deliberada e violentamente. Essa perceptiva de um audiovisual que conte as histórias do povo é o que nos move”, afirmou HB que também atua no espaço cultural Gomeia Galpão Criativo, promovendo oficinas de audiovisual.
Assista
Papo na Laje
O Papo na Laje é um programa de TV que valoriza o protagonismo da juventude nas favelas e periferias do Rio de Janeiro. A cada novo incidente a apresentadora Dani Câmara recebe dois convidados que compartilham experiências sobre temas de interesse da juventude.
A terceira temporada do programa conta com a parceria da Incubadora de Inovação Social em Cultura de Maricá, um projeto desenvolvido pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTIM), junto à Secretaria Municipal de Cultura e ao Instituto Brasil Social (IBS).
Nascente: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister